Governo Federal

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11 de outubro de 2011

Financiamento e participação social são temas de debate em Pernambuco

A segunda mesa temática realizada durante a 7ª Conferência Estadual de Saúde discutiu o tema “Acesso e Acolhimento Humanizado com Qualidade: Desafios para o SUS em Pernambuco”.

Participaram do debate Adail Rollo, do Departamento de Economia da Saúde, Investimento e Desenvolvimento do Ministério da Saúde (MS) e Tereza Campos, da Secretaria Estadual de Saúde, como expositores; Alexandre Magno, representando o Conselho Nacional de Saúde, como debatedor e Jair Brandão, do Conselho Estadual de Saúde e Abigail Reis, da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do MS, coordenando e secretariando os trabalhos da mesa, respectivamente.

O expositor Adail Rollo, do Ministério da Saúde, destacou que o grande desafio para o SUS hoje é, realmente, o subfinanciamento. Segundo ele, “o que temos de fato, para o financiamento do SUS hoje, não dá conta de todas as necessidades da população.” Adail também chamou atenção para a aplicação dos recursos. “A gente precisa ter uma eficácia no uso dos recursos e uma gestão muito eficiente para definir prioridades, aquilo que temos condição de enfrentar e o que determina o maior sofrimento da população”, adverte.

Outro desafio na avaliação do diretor é o da política de pessoal do Sistema. “O SUS, hoje, é uma política em expansão, está expandido oferta de ações na área de Cuidado Primário, de Atenção Neonatal, de Atenção aos Cânceres, de Atenção da Urgência e Emergência, de Atenção Hospitalar, e nós não temos um processo de formação que garanta a quantidade de profissionais, principalmente médicos, para dar conta dessa oferta nova de serviços.”

Em sua fala Alexandre Magno, conselheiro nacional de saúde, destacou que o grande ganho trazido pela Constituição Federal de 1988 foi realmente a participação popular. Segundo ele, “nenhum gestor público pode abolir a participação da sociedade e o Controle Social”.

Para Alexandre Magno “todos nós, profissionais de saúde, usuários e gestores, no movimento por um novo SUS, como formuladores e reformadores, como autores e sujeitos, com intensa implicação prática em nossos fazeres cotidianos, devemos continuar firmes na luta pela qualificação e efetivação do SUS como uma política de defesa da vida de todos e de qualquer um”, ressaltou.

Alexandre finalizou sua participação deixando perguntas sem resposta no ar. “A quem realmente interessa que o Sistema Único de Saúde não funcione? E quem efetivamente se beneficia com o insucesso do Sistema Único de Saúde?”, “Até quando vamos continuar sofrendo?”, momento em que foi ovacionado pela Plenária.

Após a mesa os participantes da Conferência foram divididos grupos para realização das plenárias temáticas.


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