Governo Federal

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06/09/2011

8ª Conferência de Saúde do DF discute financiamento e gestão do trabalho

Na última sexta-feira, 2/9, os trabalhos da 8ª Conferência de Saúde do Distrito Federal foram encerrados. Conforme a programação do evento, mesas redondas sobre gestão do SUS, relação entre os setores públicos e privados, gestão do trabalho e da educação em saúde foram realizadas ao longo do dia.

Para abertura do último dia de Conferência, a organização convidou o autor e diretor Miquéias Paz, conhecido artista mímico em Brasília, para uma encenação especial, que abordou o tema pronto socorro, momento em que arrancou muitos sorrisos e aplausos da plateia. Durante os três dias da 8ª Conferência de Saúde foram discutidas, elaboradas e aprovadas 70, das quais 30 propostas serão encaminhadas à 14ª Conferência Nacional de Saúde, conforme o Regimento Interno.

Compuseram a mesa final, Ivanda Martins Cardoso, secretária-executiva do Conselho de Saúde do Distrito Federal (CSDF), Sandra Lurdes Pinto, secretária-geral da 8ª Conferência do DF, Olga Messias e Mariângela Delgado, respectivamente representante do segmento dos trabalhadores e dos usuários. Como expositores participaram Maria Natividade Santana, subsecretária de Gestão de Pessoas da SES, Edson Ronaldo Nascimento, secretário de Planejamento e Orçamento do GDF,Renilson Rehem, conselheiro gestor da CSDF, Francisco Batista Júnior, conselheiro nacional de saúde e Alan Souza, do Ministério da Saúde.

A subsecretária de Gestão de Pessoas da SES, Maria Natividade Santana, ressaltou que “este é um momento propício e efervescente para discutir o financiamento, a gestão democrática participativa e gestão do trabalho”, de acordo com Natividade não se pode perder essa oportunidade de debate. Natividade também afirma que é hora de mudar o paradigma e colocar definitivamente o trabalhador em primeiro plano.

Edson Ronaldo Nascimento, que é enfermeiro e atual secretário de Planejamento e Orçamento do GDF, diz conhecer o tema financiamento não só na teoria como também na prática. Para ele, atuar como enfermeiro em unidade de terapia intensiva (UTI) trouxe uma experiência valiosa para exercer com seu cargo como secretário de Planejamento e Orçamento do GDF com segurança.

Para Edson, “ainda estamos longe de uma situação ideal de investimento em saúde per capita, mas o Distrito Federal é, sem dúvida nenhuma, um caso diferenciado”. E como constatação citou, conforme dados de 2010, que enquanto o Brasil investe aproximadamente R$ 670,00 per capita em saúde, o Distrito Federal, trabalha com o montante de R$ 980,00.

Renilson Rehem, conselheiro gestor da CSDF, acredita que “assim como a 8ª Conferência Nacional de Saúde foi um marco para saúde brasileira, a 8ª Conferência de Saúde do DF está sendo realizada num contexto de resgate para um novo SUS no DF, com qualidade e acesso à população brasiliense.

Em sua fala, o conselheiro Francisco Batista Júnior ressaltou que o SUS é um paciente doente, quase em estágio terminal, que precisa de muitos cuidados especiais. Por isso, na opinião de Júnior, “na 14ª Conferência Nacional de Saúde não temos o direito de errar”.

Para o conselheiro, discutir na 14ª CNS a temática da gestão, do financiamento e da privatização será fundamental para que o SUS, “que é fruto de várias lutas em conferências anteriores, não padeça”. Segundo Francisco Batista, “para um país marcado pela ação patrimonialista, pelo autoritarismo, pela concentração de renda e pelo uso da doença como forma de enriquecimento, é muita ousadia ter uma proposta política universal, integral, democrática e humanista como o SUS”, finaliza o conselheiro.


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