Governo Federal

Governo Federal

Última mesa da VII Conferência Estadual de Minas debate participação e Controle Social

Os delegados mineiros participaram nesta terça-feira, 9, da última mesa da VII Conferência Estadual de Minas Gerais antes de partirem para os grupo de trabalho. O tema da mesa foi: “A participação da comunidade e o Controle Social no SUS”.

Compuseram a mesa Júlia Roland, diretora do Departamento de Apoio à Gestão Estratégica Participativa do Ministério da Saúde (DAGEP/MG), Francisco Antônio Tavares Júnior, representante da Secretaria de Saúde de Minas Gerais e conselheiro estadual, representando os gestores, Geraldo Heleno Lopes, vice-presidente do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CESMG) e Rogers Carvalho, secretário-executivo da mesa estadual permanente de negociação do SUS.

Para a representante do Ministério da Saúde, a participação tanto da população como do Controle Social, permite uma análise mais qualificada para os gestores e contribui para a formulação de políticas públicas de saúde. Júlia Roland afirmou também, que as conferências devem discutir como fazer chegar às populações não engajadas o debate que nasce nesses encontros. “Temos que ver a participação popular como elemento permanente de crítica, correção e orientação das políticas públicas. Os problemas de gestão são gargalos importantes que temos que discutir nessa 14ª Conferência. O nosso desafio é se relacionar mais com a sociedade que participa e usa o SUS”, afirmou.

Francisco Tavares também endossa a ideia de que para boa gestão é preciso participação popular e a força do Controle Social. O conselheiro estadual lembra que o diálogo com os vários segmentos da sociedade deve ser permanente e transparente. “O gestor, às vezes, não percebe qual é a importância do Controle Social. Tem que existir uma parceria e é dessa parceria que o gestor vai poder encontrar algumas soluções bem como a formulação de políticas públicas”, argumentou.

O vice-presidente do CES/MG, Geraldo Helano avaliou e apontou avanços que o Controle Social e os Conselhos vêm alcançando nos últimos anos. Dentro do contexto atual do Conselho em Minas Gerais, Heleno afirmou que em alguns meses será possível, por meio de uma lei, garantir o processo eleitoral para a composição do conselho mineiro. “O conselho estadual esta lutando para encontrar uma forma para que a gente possa reformular o Conselho Estadual e que ele garanta uma representação maior no Controle Social mineiro”, disse.

Para Rogers Carvalho, os assuntos tratados nesta Conferência não são diferentes dos que tiveram na 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986 que culminou na criação do SUS anos depois. Segundo Carvalho, não se pode tratar o SUS somente como um problema de saúde e afirmou que o Sistema está presente no dia-a-dia das pessoas e elas não o reconhecem. “Todos usam o SUS em qualquer momento da vida. Quando vamos à padaria comprar um pãozinho, o SUS está lá, porque naquela padaria tem o controle da Vigilância Sanitária, e isso também é Sistema Único de Saúde”, lembrou.

Terminadas as mesas de debates, os participantes da VII Conferência Estadual de Saúde de Minas Gerais seguirão para debater os temas e as propostas que devem seguir para a etapa nacional.


Voltar