Governo Federal

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01 de dezembro de 2011

Atenção Básica em debate na 14ª Conferência Nacional de Saúde

Uma atenção básica mais próxima da população. No segundo dia de discussões da 14ª Conferência Nacional de Saúde que acontece no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF), até domingo (04), participantes de várias partes do país tiveram a oportunidade de debater os avanços da atenção básica. No diálogo temático com o tema “A Atenção básica que queremos”, o diretor do Departamento de Atenção Básica da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (SAS/MS), Hêider Aurélio Pinto, falou de ações como a criação de 64 unidades básicas fluviais para o atendimento da população ribeirinha do estado do Amazonas. Iniciativa que compõe o conjunto de estratégias que terá até 2014, um montante de R$ 4 bilhões, a serem aplicados pela pasta.

O diretor do Ministério da Saúde apresentou ainda alguns desafios. Entre eles, o de superar a ideia de que os postos de saúde têm menos importância dos que as Unidades Básicas de Saúde. “É sim um lugar de promoção da saúde, diagnóstico precoce, de primeiro atendimento das atenções de urgências. Seja nos postos de saúde ou nas UBS temos também que focar na eficiência do atendimento. Precisamos pensar em todo o trâmite do paciente. É preciso saber os próximos passos de cada cidadão dentro do sistema de saúde”, declarou. Outro ponto abordado diz respeito a infraestrutura. Ele complementou que é “preciso avançar na adequação das UBS e proporcionar um melhor acolhimento”.

Para Hêider, o Sistema Único de Saúde precisa reconhecer a diversidade do país. “Temos que prever inclusive equipes de atenção básica para o acolhimento de pessoas de rua. Outra preocupação é com o crack. Da mesma forma, precisamos de equipes para cuidar das pessoas usuárias dessa droga”, complementou.

O assessor técnico do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), Marcos da Silveira Franco, que também participou das discussões enfatizou que a atenção básica precisa ser a base de estruturação da saúde pública no país. “Consideramos hoje que as equipes do Saúde da Família é um modelo de atenção que defendemos para o Brasil. Um modelo que privilegia o diagnóstico da população juntamente em seu território. Isso possibilita identificar as necessidades de promoção da saúde. É importante a participação da comunidade na construção de uma estrutura de saúde que o atenda. E que sirva inclusive de controle da gestão”, disse.

A professora adjunta da Graduação e da Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Alagoas (UF/AL), Maria Valéria Correia, também participante da mesa de discussão, sugeriu que a atenção básica tivesse o apoio de retaguarda. “A atenção básica levanta as demandas, mas, em muitos casos, não tem estrutura de encaminhamento dos pacientes. É preciso que tenham investimentos em estruturação principalmente no atendimento de casos de alta e média complexidade”, finalizou.


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