Governo Federal

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01 de dezembro de 2011

Diversidade no SUS e a luta contra o preconceito na pauta da 14ª CNS

O primeiro Café com Ideias da 14ª Conferência Nacional de Saúde aconteceu no dia 1º de dezembro no Espaço Saúde e Cultura Paulo Freire com o tema “Aids e Diversidades: Rompendo Preconceitos”. Apresentado pelos locutores Gislaine e Ricardo da Rádio Transamérica FM, o Café teve como convidados o presidente da 14ª CNS e ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a cantora Preta Gil, os representantes do movimento LGBT, Lurdinha Rodrigues, conselheira nacional de saúde, Vitor Wolf, da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), o cartunista Ziraldo e o jovem José Ryan, da Rede de Jovens Vivendo com HIV-Aids.

Na ocasião o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou a Portaria da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde em 2009. De acordo com Padilha, o Plano Operativo da Política LGBT foi pactuado na Comissão Intergestores Tripartite e agora cada secretário de saúde no país tem o compromisso de implementá-lo.

Para a cantora Preta Gil é preciso driblar o preconceito com amor. A cantora, que tem um público de jovens na faixa de 15 a 25 anos, ficou preocupada ao saber que a contaminação por HIV nessa faixa etária têm aumentado. Preta destacou o papel da família e a importância do diálogo no combate ao preconceito, assim como a necessidade de maior atenção à maneira de comunicar-se com os jovens. “A gente tem que juntar mídia, família, saúde, ninguém sozinho vai mudar esse quadro”, disse Preta.

O jovem Ryan, da Rede de Jovens Vivendo com HIV, solicitou ajuda do Ministro na realização de uma audiência pública com a presidenta Dilma Rousseff para tratar do apoio à juventude e ressaltou: “a gente não quer mais jovens na rede, a gente não quer que os jovens se infectem”.

Para a conselheira nacional de saúde, Lurdinha Rodrigues, o Dia Mundial de Luta contra a AIDS não pode ser uma data simbólica apenas para o público LGBT. Lembrou que essa conferência tem como marca a diversidade, uma novidade do evento, mas que deve fazer parte do cotidiano de luta pela saúde. “Todos os tipos de violência são determinantes sociais que impactam negativamente na saúde da população. Quando compreendermos isso teremos realmente a saúde não como ausência de doença, mas como promoção da vida”.

O militante gay Vitor Wolf pediu, “não queremos direitos diferenciados, queremos apenas direitos iguais. Contamos com a base do governo no Congresso para a aprovação do projeto de lei que criminaliza a homofobia”.

Ao final, o cartunista Ziraldo marcou o lançamento da cartilha “Por toda a sua vida” e dos selos postais em comemoração à luta contra a AIDS.


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