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17ª CNS: Democracia, justiça social e reparação histórica no Brasil

Publicado: Sexta, 03 de Junho de 2022, 11h30
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Conferência histórica destaca participação popular representativa, com maior número de participantes já registrado

Em sua 17ª edição, a Conferência Nacional de Saúde mobilizou 2 milhões de pessoas ao longo de todas as suas etapas. O relevante volume de envolvidos neste processo reitera o atual contexto de reconstrução democrática que o Brasil retoma, dando amplitude à participação social que pode, de forma plural e participativa, dialogar e construir fundamentos para políticas públicas que, de fato, atendam às demandas de Saúde dos mais diversos territórios do país.

A 17ª CNS apontou 245 diretrizes e 1.198 propostas em seu relatório final, deliberadas pelas 3.526 pessoas delegadas eleitas nas etapas anteriores da conferência. Vale destacar que a 17ª CNS contou com 373 pessoas delegadas eleitas nas Conferências Livres Nacionais. Até então, essa modalidade de conferência não delegava e as propostas discutidas eram conduzidas apenas como anexos dos instrumentos de planejamento.

Assim, além de delegados eleitos a partir de conferências regulares, 99 conferências livres foram organizadas de forma independente e autônoma por todo o país pelos mais diversos segmentos da sociedade civil nacional.

No total, 5.816 participantes de todos os 26 estados brasileiros e Distrito Federal ecoaram o tema que norteou todo este processo: “Garantir Direitos, defender o SUS, a Vida e a Democracia - Amanhã vai ser outro dia!”. Goiás, Paraíba, Piauí e Roraima foram os estados com 100% de presença de delegados, sendo a média de participação de pessoas delegadas entre os estados de 95%.

Raça, gênero e acessibilidade

Qualificar os profissionais de saúde no atendimento inclusivo às pessoas com deficiências, (libras, libras tátil, tadoma, braile e outras formas de linguagem nos serviços de saúde), consolidar e garantir o financiamento à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da mulher (PNAISM) em todos os ciclos de vida e promover e garantir a participação das lideranças das comunidades quilombolas nas instâncias de Controle Social do SUS. Esses breves exemplos de propostas que constam no Relatório Consolidado da 17ª CNS  indicam o respeito à diversidade neste importante momento de construção política.

Mulheres somaram 45,5% dos participantes da conferência e 42,05% dos participantes totais declararam-se como pessoas negras, formando a maioria dos presentes. Indígenas somaram 3,92% (228 participantes autodeclarados). “Quando um negro fala, fala por todos e não fala sozinho. Percebemos e queremos registrar o número maciço de mulheres negras pois tornamos essa conferência em um grande quilombo e estamos aqui, aquilombadas, para defender o SUS”, decreta Elza Serra, mulher negra e quilombola que somou forças às demandas de sua comunidade ao participar como delegada na 17ª CNS.

“Não tem como continuar pensando saúde e construindo saúde sem a nossa presença. O que fica nessa 17ª é que, realmente, nada sobre nós, sem nós”, defende Vitória Bernardes, mulher cadeirante que representa o segmento usuários no Conselho Nacional de Saúde.

A história da saúde coletiva no Brasil está atrelada à reivindicações por mudanças na sociedade e nas políticas públicas. A 17ª Conferência Nacional de Saúde resgata e fomenta a importância do SUS para a democracia, assegurando que usuários, trabalhadores e gestores possam, unidos, marchar seguindo os princípios de integralidade, universalidade e equidade.

Confira o webdocumentário sobre a 17ª CNS no Youtube

Ascom/CNS

 

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