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CNS e Diesat lançam oficinas para multiplicação de conhecimento em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora

  • Publicado: Sexta, 11 de Junho de 2021, 16h52
 Foto: Poder 360
Foto: Poder 360

Serão 38 turmas, oferecidas para todos os estados, a partir do dia 15 de junho, no período da manhã ou tarde. Para participar, é necessário preencher formulário online.

O Conselho Nacional de Saúde (CNS), por meio da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Cistt), e o Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho (Diesat), lançaram oficialmente, nesta sexta-feira (11/06), as oficinas de formação Multiplicadores do Controle Social em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora.

Desde o ano passado, a preocupação com a saúde desta população aumentou e os impactos da pandemia na vida dos trabalhadores têm ganhado destaque nas discussões.

Uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) intitulada “Condições de Trabalho dos trabalhadores da Saúde no contexto da Pandemia da Covid-19”, aponta que 84% das pessoas estão com 60 horas semanais de trabalho, evidenciando sobrecarga. Os dados também apontam que o número de contratos informais nesse contexto também aumentou. Os participantes relataram ainda alterações significativas na vida cotidiana, como perturbação do sono, irritabilidade frequente, incapacidade de relaxar, estresse, perda de satisfação na carreira ou na vida, tristeza e apatia.

“O que vivemos hoje é produto de certa negligência sobre as áreas sociais. O trabalho decente é parte fundamental para poder ter uma saúde completa. Confirmamos nosso compromisso de acompanhar atividades que possam valorizar o trabalhador da saúde e que tragam medidas concretas pela proteção destes trabalhadores”, afirma a representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Monica Padilla.

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Para o conselheiro nacional de saúde João Scaboli, que é coordenador-adjunto da Cistt no CNS, os trabalhadores estão adoecendo nos ambientes de trabalho porque falta planejamento, organização e treinamento. “Ou seja, falta gestão. Investir em segurança e em políticas de saúde dos trabalhadores tem custo, mas tem o custo benefício também. E o custo benefício é a família não perder um ente querido, do empregador não perder uma mão de obra qualificada, de conseguir uma certificação de ISO e de não responder uma ação indenizatória por capacidade laboral reduzida”, avalia.

Certificação de ISO são um conjunto de normas reconhecidas em todo o mundo, que alinham padrões de qualidade, gestão, questões ambientais, entre outros quesitos que melhoram a vida da população trabalhadora.

Multiplicadores de conhecimento  

As oficinas de formação são dirigidas a conselheiros de Saúde, usuários e trabalhadores do SUS, integrantes das Cistt municipais, estaduais e nacional, trabalhadores do campo do Direito do Trabalho, dirigentes sindicais e acadêmicos. Serão 38 turmas, oferecidas para todos os estados, a partir do dia 15 de junho, no período da manhã ou tarde.

Entre os temas que serão abordados estão “O Trabalho e os Impactos à Saúde da Classe Trabalhadora”, “Políticas Públicas no Campo da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora” e “O Controle Social no SUS e na Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora”. Para participar, basta preencher o formulário online.

“Precisamos formar multiplicadores porque somos poucos. Acreditamos no processo de transformação através da educação e acreditamos que conseguiremos alcançar a democratização do conhecimento via multiplicadores”, afirma a conselheira nacional de saúde e coordenadora-adjunta da Cistt do CNS, Ruth Guilherme, ao destacar a existência de somente 244 comissões intersetoriais de saúde dos trabalhadores em na totalidade de 5.670 municípios brasileiros.

As oficinas de mobilização compõem a segunda etapa do projeto de multiplicadores. Elas foram precedidas por 27 oficinas de mobilização, com a participação de aproximadamente 1.500 pessoas.

“Muitas vezes, essa é a primeira possibilidade de conhecimento do que significa uma Política Nacional de Saúde do Trabalhador, de entender o seu papel enquanto ser social transformador dentro dos espaços institucionalizados e de se entender enquanto parte do processo, ressignificando a luta por melhores condições de vida”, coordenador do projeto e representante do Diesat, Eduardo Bonfim da Silva

Parcerias

O projeto do CNS e Diesat é realizado em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e faz parte do projeto Articulação e Qualificação do Controle Social em Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. “Esse é um projeto coletivo e a construção coletiva sempre traz mais sabedoria. Isso é fundamental para a gente saber que estamos aprendendo sempre e trocando experiências. Ainda temos muitos desafios pela frente, mas com a contribuição de cada um vamos conseguir vencer”, afirma o presidente do CNS, Fernando Pigatto.

“Consideramos fundamental a parceria entre a Cistt e a Diesat para a realização deste projeto, que atende os princípios do SUS e contribui para a implementação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Reforçamos o nosso apoio e a participação da CGSAT nesse processo”, completou o representante da Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador (CGSAT) do Ministério da Saúde, Cesar P. Jacoby, que também participou do lançamento.  

Ascom CNS

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