Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Últimas Notícias > Fiocruz vai analisar impactos do derramamento de petróleo na saúde da população

4CNGTES ETAPAS Final novo

Início do conteúdo da página

Fiocruz vai analisar impactos do derramamento de petróleo na saúde da população

O grupo de trabalho formado nesta terça-feira (5/11) conta com a participação de pesquisadores e gestores das diversas unidades técnico-científicas da Fiocruz, particularmente da região Nordeste

  • Publicado: Terça, 05 de Novembro de 2019, 17h35
imagem sem descrição.

A Fiocruz instituiu uma Sala de Situação para monitorar o impacto na saúde da população atingida pelo derramamento de petróleo no litoral do Nordeste. O objetivo é elaborar um plano de ação para rastrear o risco para pescadores, marisqueiras e grávidas, além da capacitação em curto prazo de profissionais de saúde da rede de atenção básica do SUS, para que estejam habilitados a enfrentar os problemas de saúde decorrentes do desastre ambiental. O grupo de trabalho formado nesta terça-feira (5/11) conta com a participação de pesquisadores e gestores das diversas unidades técnico-científicas da Fiocruz, particularmente da região Nordeste.

A equipe da Fundação vai apoiar o Centro de Operações de Emergência – COE Petróleo, criado pelo Ministério da Saúde no final de outubro, trabalhando em conjunto também com as secretarias estatuais e municipais de saúde, com instituições acadêmicas e científicas, com organizações ambientalistas e da sociedade. Além de envolver os Conselhos de Saúde dos estados afetados e o Conselho Nacional de Saúde (CNS), cujo presidente, Fernando Pigatto, participou da reunião de instalação da Sala de Situação, no campus da Fiocruz no Rio de Janeiro.

Fiocruz 2 1030x686

De acordo com o pesquisador Guilherme Franco Netto, assessor da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, “nas áreas atingidas, os pescadores e marisqueiras correm o risco de ter contato direto com o material contaminado e o pescado como principal fonte de sua alimentação e modo de vida nos territórios que habitam, por isso é necessário que estejam envolvidos organização da resposta”. Guilherme também ressaltou que deve haver atenção especial às gestantes, “é preciso monitorar criteriosamente a saúde das futuras mães e dos fetos que estão em desenvolvimento”.

O especialista chama a atenção para o fato de que os dados divulgados sobre os locais atingidos apontam para situações e níveis de contaminação diversos. “Outros grupos populacionais – como militares, defesa civil e voluntários, entre outros, que estão trabalhando na remoção do óleo – estão expostos aos riscos de contaminação, seja pela inalação, pelo contato dérmico ou pela ingestão de alimentos contaminados”, alerta.

O óleo vazado (petróleo) é formado por uma mistura complexa de hidrocarbonetos – um composto químico constituído por átomos de carbono e de hidrogênio, associada a pequenas quantidades de nitrogênio, enxofre e oxigênio. O petróleo se apresenta na natureza sob forma gasosa, líquida ou sólida. Entre os hidrocarbonetos, está o benzeno, que é cancerígeno. A contaminação pelas substâncias tóxicas pode ocorrer por sua ingestão, inalação ou absorção pela pele.

A exposição a esses produtos poderá provocar irritações na pele, rash cutâneo, queimação e inchaço; sintomas respiratórios, cefaleia e náusea; dores abdominais, vômito e diarreia. O efeito mais temido de longo prazo é a ocorrência de câncer, em especial alguns tipos de leucemia. Os pesquisadores da Fiocruz alertam que a exposição a esse produto deve ser reduzida ao mínimo. Quem chegar perto deve usar roupas protetoras e depois descartá-las de forma adequada.

Fonte: Fiocruz

registrado em:
Fim do conteúdo da página