Brasília, 19 de março de 2009

Caravana começa com avanços e desafios do SUS

         O primeiro painel apresentado na Caravana em Defesa do SUS, em São Luís, capital do Maranhão, tratou dos avanços e desafios do Sistema Único de Saúde e dos preparativos para a 1ª Conferência Mundial de Desenvolvimento dos Sistemas Universais de Saúde e Seguridade Social.

         O Presidente do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Batista Júnior, apresentou um panorama do SUS, tanto no que diz respeito aos avanços obtidos nesses 20 anos em termos de redução de mortalidade materna e infantil, por exemplo, como nas deficiências do sistema e enfatizou: “precisamos entender que não é possível dissociar saúde de outros conceitos como alimentação e qualidade de vida. Na verdade, precisamos lutar é para que não seja preciso construir hospitais, pois a atuação correta se dá na prevenção e promoção da saúde”. Dentre os dados apresentados por Francisco Júnior, está a informação de que em mais de 50% dos casos, as pessoas só procuram os hospitais quando já estão doentes, “temos um dos índices mais elevados de internações, o recurso destinados aos medicamentos é pouco e mal distribuído”.

         O presidente do CNS lembrou, também, que o Estado do Maranhão foi um dos primeiros a entregar seus hospitais a organizações públicas de direito privado, “outros gestores vinham conhecer o que chamavam de profissionalização do sistema, mas que na verdade, fere frontalmente os princípios do SUS”.

         A conselheira Graciara Matos de Azevedo apresentou, em seguida, informações acerca da 1ª Conferência Mundial sobre Sistema Universal de Saúde e Seguridade Social, que foi aprovada no Fórum Social Mundial da Saúde, em janeiro, e pretende reunir países que possuem, ou mesmo os que não contam, ainda, com sistemas de saúde e seguridade à semelhança do SUS. Ela lembrou que o Brasil é referência mundial no que diz respeito a sistema universal de saúde, “e por isso vamos sediar o evento”.

         José Veloso Souto Júnior, representante do Conasems, lembrou que os mais jovens não calculam o que é o SUS, “porque não imaginam como era o atendimento antes da Constituição Federal”. O moderador do painel, o conselheiro Artur Custódio M. de Sousa, destacou, ainda, a importância da participação dos jovens, “devemos estimular os movimentos e sempre que vemos um grupo de jovens nos sentimos estimulados, pois são a garantia da continuidade”, referindo-se a uma turma de estudantes que ocupava as primeiras cadeiras do auditório.

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