Brasília, 13 de outubro de 2010

CNBB mobiliza mais de 10 mil paróquias em prol da eliminação da hanseníase

     No último domingo (10), a Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) mobilizou mais de 10 mil paróquias em todo o Brasil para que os sacerdotes e ministros da palavra falassem aos fiéis sobre a hanseníase durante as missas ou celebrações dominicais.

     O Coordenador da Comissão Intersetorial de Eliminação da Hanseníase do Conselho Nacional de Saúde, Conselheiro Geraldo Adão, compareceu ao anúncio da campanha “A Missão de Jesus continua hoje: Hanseníase tem cura”, no dia 8 de outubro.

     Durante as cerimônias, os fiéis ouviram sobre a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento da hanseníase, doença curável cujos medicamentos estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). “Nós enviamos uma carta para todas as dioceses do Brasil com sugestões de homilia, de modo que os padres e pregadores possam explicar melhor sobre a realidade da doença”, afirmou Dom Dimas Lara, Secretário-geral da CNBB.

     Além disso, a Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança, Irmã Vera Lúcia Altoé, enviou, no dia 23 de setembro, uma carta para todas as coordenações da entidade, convidando para participarem da mobilização do dia 10 de outubro. As lideranças da Pastoral da Criança também foram incentivadas a inserir o tema da hanseníase em suas atividades, como as visitas domiciliares e as reuniões de avaliação.

     Para o Conselheiro Nacional e Coordenador do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Artur Custódio, os números de casos no Brasil ainda são altos, mas não por falta de trabalho. “Essa parceria é um exemplo de mobilização para o mundo. É importante que a sociedade civil crie uma cultura de cidadania, solidariedade, compaixão e compromisso do ser humano um com o outro”, afirmou.

     DOENÇA NO BRASIL – O número anual de casos novos da doença vem caindo desde 2003 no Brasil. Naquele ano, foram 51.941 registros. Em 2009, foram 37.610 notificações. “Apesar da redução no número de casos, a doença se concentra nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e ainda é um problema de saúde pública, que exige vigilância permanente”, alerta Maria Aparecida. Com relação à transmissão entre menores de 15 anos, adotado pelo governo brasileiro como principal indicador de monitoramento da endemia para transmissão ativa da doença, o número de casos em 2009 foi de 2.669, contra 3.444 em 2006.

Com informações do Ministério da Saúde