Brasília, 08 de agosto de 2011

Começa etapa estadual da 14ª Conferência Nacional de Saúde

        Após um pouco mais de 400 Conferências Municipais de Saúde, Minas Gerais deu início na manhã dessa segunda-feira, 8, a VII Conferência Estadual de Saúde do estado. “O processo histórico das Conferências em Minas em muito se oriunda da contribuição que vem da participação efetiva nas conferências municipais”, abriu os trabalhos o secretário-geral do Conselho Estadual, Renato Almeida.

 
        A mesa de abertura teve como tema: A Política de Saúde na Seguridade Social, segundo os Princípios da Integralidade, Universidade e Equidade. Participaram da mesa Helvécio Magalhães, Secretário de Atenção a Saúde do Ministério da Saúde, Maurício Botelho, Subsecretario de políticas e ações de saúde de Minas Gerais, Geraldo Adão, Conselheiro Nacional de Saúde e Maria Godoy, Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Seguridade Social.

        De acordo com Helvécio Magalhães, o Brasil tem hoje o maior Sistema Único de Saúde do mundo, que atende a mais de 100 milhões de habitantes. Para o secretario do MS o grande desafio da atualidade, principalmente no que diz respeito ao acesso e acolhimento com qualidade, eixo da 14ª, é que todos se sintam confortáveis em defender e fazer uso do SUS. “Temos que alcançar maior efetividade, eficiência e qualidade. O Sistema tem que dá respostas eficazes às necessidades da população”, ressaltou.

        Para Maurício Botelho um dos grandes problemas que enfrenta hoje o estado de Minas Gerais, é a questão das limitações de recursos que dificulta a garantia do direito à saúde. Botelho afirmou ainda que é necessário priorizar o cidadão na hora de se criar e implementar políticas publicas na área de saúde. “A grande revolução no Sistema de Saúde somente será possível quando o cerne das discussões for focado no usuário”, afirmou.

        Após ressaltar como a saúde foi colocada na constituição cidadã e em outras leis federais, o conselheiro nacional de saúde, Geraldo Adão apontou os principais avanços e desafios para o SUS. Segundo o conselheiro é importante que se crie o painel nacional das demandas reprimidas com avaliação do risco durante a espera. “Com esse Painel os Conselhos vão poder acompanhar e tomar as providências para que as questões sejam resolvidas mais rapidamente”, disse.

        Finalizando a primeira mesa da VII Conferência Estadual de Minas, Maria Godoy afirmou que existe uma trajetória incompleta quando se fala em Seguridade Social no Brasil. Para ela, apesar de definida na constituição, a seguridade ainda não tem regência institucional no estado, para permitir a unidade de gestão ou de alcance de direitos sociais. Godoy chamou a todos a seguir na luta para a real efetividade desse direito.

        “Estamos construindo uma história e temos que ajudar essa história a se consolidar, sabemos que a conjuntura muda, mas temos que ter claro qual é o nosso papel. Não podemos desistir dessa luta, tenho certeza de que vamos consolidar o sistema de seguridade social que respeite e priorize o cidadão”, afirmou.

        A VII Conferência Estadual de Saúde de Minas Gerais segue até o dia 11/08, participam 3 mil pessoas.