Home Links Úteis Fale Conosco

O CONSELHO
Apresentação
Histórico
Composição
Estrutura Organizacional
Regimento Interno
img Fluxo de trabalho
Comissões
Expediente
 
ATOS NORMATIVOS
img Resoluções
Recomendações
Moções
Legislação
 
REUNIÕES DO CONSELHO
Calendário
Pauta
Atas
 
BIBLIOTECA
Revista
Informativos
Livros
Relatórios
 
EVENTOS DE SAÚDE
 
PLENÁRIA DE CONSELHOS
 

Brasília, 14 de agosto de 2012

 

CNS dá atenção especial ao tratamento da hanseníase no Brasil

 

 

O Conselho Nacional de Saúde, instância máxima de deliberação do SUS, tem como meta fiscalizar o trabalho de execução de políticas públicas sob o ponto de vista da sociedade. Suas 26 comissões analisam os programas em andamento do governo e, desta forma, fornecem subsídios para os debates no Pleno. A Comissão Intersetorial de Eliminação da Hanseníase (CIEH), por exemplo, fiscaliza especificamente a incidência desta endemia no Brasil desde 2003.

 

A doença foi a primeira a ser objeto de estudo de uma comissão do Conselho por ocorrer com frequência na camada mais pobre da população e ocupar o 1º lugar em incidência de doenças contagiosas no país.  Além disso, o CNS apóia iniciativas de promoção e prevenção de endemias, como é o caso das campanhas de prevenção promovidas pelo Ministério da Saúde e que fazem parte do Plano Brasil Sem Miséria.

 

Durante a 14° Conferência Nacional da Saúde, realizada em dezembro passado, o Conselho aprovou quinze diretrizes – entre elas estão a nº 4, que prevê um atendimento igualitário em todo o país e a nº 9, que propõe a ampliação e o fortalecimento das políticas sociais. Além disso, os conselheiros elaboraram uma carta dirigida à sociedade com uma série de propostas: destaca-se o aumento das Políticas de Promoção da Equidade, de forma a garantir a inclusão de todos os grupos (mulheres, crianças, idosos, populações negra e indígena, do campo, floresta, ribeirinha, cigana, de rua, LGBT, as pessoas com necessidades alimentares especiais e com deficiências e patologias).


 “A hanseníase está diretamente relacionada com a qualidade de vida. Congo, Sudão, Nepal e Timor Leste tem grande número de pessoas contaminadas, enquanto na Europa a doença foi extinta há bastante tempo. Infelizmente só perdemos para a Índia, em termos absolutos”, conta Artur Custódio, coordenador da CIEH.

 

Esta comissão pretende mudar o nome para Comissão das Doenças Negligenciadas, seguindo o modelo do Ministério da Saúde, que possui uma agenda específica para tratar de sete doenças elimináveis e que recebem pouca atenção da imprensa. “São doenças que atingem a população mais pobre, que tem menor poder de pressão sobre os veículos da imprensa e são estigmatizados. Estas patologias não conseguem entrar na agenda política”, afirma Custódio.


Há notícias positivas também. Houve redução de 50% para 5% no número de mortes causadas por doenças relacionadas à pobreza no país. E duas das doenças normalmente negligenciadas pelas políticas públicas estão perto da extinção: a filariose, que tem em Recife (PE) sua principal área de incidência, e a oncocercose, comum entre a população de índios Yanomamis.
Este bom resultado é fruto de uma série de medidas governamentais que combatem a proliferação de doenças como hanseníase, esquistossomose, geohelmintíases e tracoma. Além das pesquisas e programas de prevenção já em andamento, há previsão de diagnosticar precocemente dois milhões de portadores de esquistossomose e realizar o tratamento de 124,5 mil pessoas até 2014. 


No ano passado, o Ministério da Saúde repassou quase R$ 26 milhões aos estados e municípios mais atingidos por estas doenças. Outra medida implementada foi a expedição em Paudalho, em Pernambuco, conduzida por pesquisadores da Fiocruz em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Eles ensinam os professores e agentes públicos do município a reconhecerem as larvas do Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose.


Entretanto, o conselheiro nacional Artur Custódio ressalta a importância de investir no tratamento preventivo em todo o País. “Mesmo os municípios com menor incidência, que tem apenas duzentos casos de hanseníase por ano, precisam de verba para os Conselhos de Saúde. O tratamento envolve cultura, direitos humanos, informação para a sociedade. Se isso não acontece, ocorre o diagnóstico tardio, que pode ocasionar mortes”, aponta ele, coordenador nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan).

 

Outras iniciativas


O Ministério da Educação (MEC) e a Fiocruz darão início a um programa de indução de teses de pós-graduação relacionadas ao tema das doenças negligenciadas. A intenção é gerar conhecimento para melhorar o combate a estas doenças, já eliminadas em países desenvolvidos e em países vizinhos.


Em parceria com a Novartis, o Morhan, conta com o apoio do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), e há quatro anos percorre o país em busca da eliminação da doença. Este ano a Carreta da Saúde já passou por Tocantins, segue agora para o Ceará e depois vai para Cariri, em Pernambuco. As Secretarias Municipais de Saúde devem solicitar ao Morhan as visitas às suas cidades.


O gestor assina termo de responsabilidade garantindo que o tratamento da hanseníase será realizado pelos médicos do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é transformar este combate em prioridade nos municípios mais atingidos. Maranhão, Tocantins, Piauí, Mato Grosso e sul do Pará são os locais com maior incidência no Brasil.


As medidas implementadas pelo Ministério da Saúde no combate à contaminação destas doenças integram o Plano Nacional de Saúde, e mais diretamente a Diretriz 7, que trata da redução dos riscos e agravos à saúde da população, por meio das ações de promoção e vigilância em saúde. O plano orientará a gestão federal até 2015 e tem como foco a promoção do acesso com qualidade às ações e serviços de saúde, e o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Voltar 
 

Equipe de Comunicação do CNS
Fone: (61) 3315-3576/3179
Fax: (61) 3315-2414/3927
e-mail: cns@saude.gov.br
Site: www.conselho.saude.gov.br

 

Conselho Nacional de Saúde - "Efetivando o Controle Social".
Esplanada dos Ministérios, Bloco “G” - Edifício Anexo, Ala “B” - 1º andar - Sala 103B - 70058-900 - Brasília, DF

I