Brasília, 23 de fevereiro de 2015
Homenagem à ex-conselheira nacional Lurdinha Rodrigues
No dia 14 de fevereiro, a bandeira da defesa dos direitos das mulheres perdeu uma de suas militantes mais aguerridas, vítima de acidente de carro, na Bahia. Lurdinha Rodrigues, coordenadora-geral de Diversidade da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM), foi conselheira nacional de saúde entre 2009 e 2012. Nesse período, coordenou a Comissão de Saúde da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais do CNS.
Foto: Acervo CNS
Também faleceram no mesmo acidente a secretária de Articulação Institucional e Ações Temáticas da SPM, Rosangela Rigo, e a professora Célia Maria Escanfella.
A seguir, para uma breve homenagem, o portal do CNS compartilha depoimentos de alguns conselheiros que tiveram a oportunidade conviver com Lurdinha Rodrigues.
“Esperança e alegria na forma de fazer a luta política por um mundo melhor e mais justo é o que Lurdinha nos deixa como aprendizagem e herança. Ela partiu na frente, mas continuará regando nossos caminhos com luz, sabedoria e alegria.”
Maria do Socorro de Souza, presidente do CNS, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag)
“Lembro dos debates com a conselheira Lurdinha relacionados com alguns temas polêmicos no CNS. Tínhamos posições diferentes, mas as discussões eram pautadas pelo respeito e pela responsabilidade de nossa representação. Peço a Deus conforto para todas as pessoas que conviveram com a Lurdinha.”
Clóvis Boufleur, representante da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
“Tive o privilégio e a alegria de conviver com Lurdinha. Militante aguerrida, de força e ternura. Articuladora e defensora intransigente dos direitos das mulheres, de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Feminista que compreendia a dimensão do feminino para além dos direitos sexuais e reprodutivos. Defensora do SUS como direito à vida e direito humano, universal para todos e todas. Como conselheira de saúde, sua determinação foi imprescindível na luta para a aprovação e pactuaçao da Política Nacional de Saúde Integral da População LGBT. Como gestora continuou firme na defesa das mulheres, do respeito à diversidade e à pluralidade. Às vezes, divergíamos sobre como fazer e conversávamos longamente trocando ideias e experiências; chegávamos ao consenso alegres. Seu exemplo, seu sorriso, marcas que deixam imensa saudade e a certeza que continuaremos juntas na luta por um Brasil mais justo, mais igual e mais humano. Amiga e companheira de caminhada, sua estrela lilás e vermelha continuará iluminando nossos corações e caminhos! Lourdinha presente!”
Kátia Souto, Diretora do Departamento de Apoio à Gestão Participativa, representante do Ministério da Saúde
“A conselheira Lurdinha foi uma pessoa que lutou bravamente para ampliar e aperfeiçoar o Sistema Único de Saúde (SUS). As armas que ela utilizava eram valores de vida como honestidade, transparência e amor ao próximo. Certamente ela fará falta na nossa luta, mas com certeza sua energia continuará nos contagiando na caminhada em busca por uma saúde pública de qualidade.”
Wilen Heil e Silva, representante do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito)
Nita Queiroz
Equipe de Comunicação do CNS
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