A
aprovação unânime das Diretrizes
Operacionais dos Pactos pela Vida, em Defesa do
SUS e de Gestão no Conselho Nacional de Saúde
(CNS) demonstra que o país está diante
de um novo marco para o setor. Trata-se de uma negociação
inédita entre União, estados e municípios
que aponta para a formalização de
um pacto federativo baseado na definição
de responsabilidades sanitárias, na construção
de um novo modelo de financiamento para o setor,
na gestão solidária e cooperativa,
no fortalecimento do controle social.
Os novos pactos avançam na efetivação
do controle social ao determinar que os gestores
das três esferas de governo assumam publicamente
suas responsabilidades. Os "termos de compromisso
de gestão", que deverão ser aprovados
nos respectivos conselhos de saúde, vão
implicar na qualificação dos processos
de planejamento, programação e avaliação
das políticas de saúde.
Os conselheiros nacionais, estaduais e municipais
de saúde terão sempre à mão
um instrumento que servirá de mediador dos
debates sobre a atenção à saúde
em cada localidade. Cria-se, assim, um movimento
permanente de diálogo entre os gestores e
o controle social que é imprescindível
para a qualidade do Sistema Único de Saúde
(SUS). A atenção à saúde
estará em constante monitoramento na medida
em que as metas, objetivos e indicadores presentes
nos termos de compromisso de gestão deverão
ser avaliados anualmente.
Além de atuar no acompanhamento da execução
dos termos de compromisso, a ação
dos conselhos de saúde será fundamental
no processo de implantação dos Pactos
pela Saúde em todo o país. Os conselheiros
- voz ativa do controle social na saúde -
precisam estar atentos e cobrar, em nome da população
brasileira, que os gestores locais firmem o quanto
antes os respectivos termos de compromisso de gestão.
Muito mais que um acordo entre gestores da saúde
das três esferas de governo, os Pactos pela
Saúde são um compromisso do Estado
Brasileiro pela melhoria da qualidade de vida da
população.
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