O
objetivo das Diretrizes Operacionais dos Pactos
pela Vida, em Defesa do SUS e de Gestão
é fazer com que os gestores das três
esferas de governo formalizem um compromisso de
realizar ações integrais de saúde
em função das necessidades da população,
buscando atuar de forma cooperativa e respeitando
as diferenças regionais.
Fruto de uma discussão de quase três
anos, o novo pacto delimita responsabilidades coletivas
e específicas para os três gestores
do Sistema Único de Saúde (SUS), no
campo do gerenciamento e da atenção
à saúde. Apresenta inovações
importantes em relação às normas
anteriores, entre elas: define um novo modelo de
financiamento do sistema; extingue o processo de
habilitação de forma cartorial e apresenta
o termo de compromisso de gestão como peça
fundamental para a relação intergestores
e aprimoramento do controle social.
Por decisão do pleno do CNS, a formação
de conselheiros de saúde passou a figurar
no pacto como responsabilidade dos três entes
federados. Outra contribuição importante
dos conselheiros nacionais foi a inclusão
de ações voltadas para a desprecarização
das relações de trabalho, com a adoção
de vínculos que garantam os direitos sociais
e previdenciários dos trabalhadores da saúde.
A formalização do Pacto pela Saúde
se dará a partir do Termo de Compromisso
de Gestão que será assinado pelos
gestores das três esferas de governo. Os termos
de compromisso devem conter as metas e objetivos
do Pacto pela Vida e as atribuições
de cada gestor, definidas no Pacto de Gestão.
Cada termo de compromisso será apreciado
no respectivo conselho de saúde e na comissão
intergestores tripartite ou bipartite, conforme
o caso.
Com o pacto, altera-se a lógica do processo
de habilitação dos estados e municípios.
Não haverá mais a divisão entre
município/estado habilitado e não
habilitado. Todos passam a ser gestores das ações
de saúde, com atribuições definidas
e metas a cumprir.
Anualmente, os conselhos de saúde farão
uma avaliação com os gestores da execução
dos planos de saúde, a partir do que foi
acordado no termo de compromisso. O pacto também
vai contribuir para fortalecer os conselhos de saúde
como espaços de debate e qualificação
da política de saúde.
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