Governo Federal

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30 de novembro de 2011

Ato público em defesa do Sistema Único de Saúde mobiliza sociedade civil em Brasília

capitan

Nesta quarta-feira (30), às vésperas da solenidade de abertura da 14ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), 25 movimentos sociais estiveram reunidos em um ato público na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Delegados e convidados da conferência também participaram da manifestação e seguiram da Catedral até o Congresso Nacional com objetivo de defender mais recursos para a saúde e fortalecer a luta contra a privatização do setor.

De acordo com a representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) e conselheira nacional de saúde, Maria do Socorro de Souza, o ato pretendeu resgatar a cultura de manifestação popular e defesa da saúde pública nas ruas. “A última vez que algo parecido foi realizado próximo a um evento de saúde como uma conferência foi na década de 80, na época da 8ª Conferência. É preciso sensibilizar a sociedade civil e dar visibilidade sobre as questões centrais que envolvem o Sistema Único de Saúde (SUS) como o atual modelo de gestão e o financiamento”, afirmou.

Para o integrante da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), Francisco Batista Júnior, uma das preocupações da manifestação foi de fortalecer a bandeira de redução da carga horária para os trabalhadores de saúde para 30 horas. Segundo ele, a defesa é voltada para garantir maior qualidade no atendimento e redução da dupla jornada de trabalho.

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O representante do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e conselheiro nacional de saúde, José Eri de Medeiros, lembrou ainda que a proposta do ato público foi de demonstrar o comprometimento dos movimentos em fortalecer o SUS. “Um grupo com 65 gestores estão entre os envolvidos nesse processo de agregar forças e dialogar com a população sobre a necessidade de recursos para a saúde”, explicou.

Participaram da passeata: Central Única dos Trabalhadores (CUT), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), Força Sindical, Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (CONASS), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS), União Nacional dos Estudantes (UNE), Frente Parlamentar da Saúde, entre outras entidades. Representantes dos movimentos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), de pessoas com deficiência, de indígenas e de negros também estiveram no ato público.

A trabalhadora rural baiana e delegada na 14ª Conferência, Josefa da Silva, 65 anos, participou da manifestação para reivindicar melhor atendimento na saúde para a população do campo. Segundo ela, são várias as dificuldades que acometem esse grupo como as epidemias de dengue, meningite, casos de desnutrição infantil e de abortos clandestinos. “Por isso precisamos lutar porque o SUS é um patrimônio do povo brasileiro e só com muita luta que as coisas podem vir a mudar”, avaliou.

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Já a ribeirinha e representante dos pescadores da lha de Marajó (PA) na 14ª CNS, Marília Tavares, 39 anos, aponta que a realização de exames preventivos como a mamografia é quase inexistente e de difícil acesso na região. “Perdi uma amiga de 28 anos, vítima do câncer de mama. O ato público assim como a conferência de saúde são importantes para se debater uma política pública com recursos diferenciados para a região amazônica. É preciso um olhar especial quanto a isso”, destacou.

O presidente do Grupo da Pessoa com Deficiência de Pernambuco, Isaac Machado, 41 anos, também esteve presente do início ao fim no ato público. “A população é protagonista nesse processo de mudança. Precisamos defender nossos direitos e buscar um melhor atendimento na saúde é um deles”. Para ele, a principal barreira no que diz respeito a esse grupo populacional é o preconceito nos atendimentos ambulatoriais e de emergência.

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) juntamente com Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (CONASS) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) apoiaram a realização do evento.


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