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Cooperativas prometem atendimento gratuito

Brasília, 21 de janeiro de 2009

 

Tribuna do Norte

           

Médicos não aceitarão receber honorários que sejam repassados pelo governo aos hospitais privados

           A Cooperativa dos Médicos do Rio Grande do Norte (Coopmed) decidiu atender aos casos que representem risco de morte na rede conveniada ao Sistema Único de Saúde, mas não receber os honorários médicos pelo serviço prestado. Os médicos não concordam em receber o valor do convênio através do repasse dos hospitais privados. Dessa forma, o serviço, de acordo com Geraldo Ferreira, presidente da Cooperativa e do Sindicato dos Médicos, será realizado como “cortesia”.

           "Discutimos o assunto ontem e chegamos à conclusão que por uma questão ética e moral não podemos nos negar a atender e deixar os pacientes morrerem, como tem acontecido na rede pública. Os hospitais não podem deixar de receber esses pacientes e nós também iremos atende-los", diz Geraldo Ferreira. Após o encerramento dos contratos com as cooperativas, convênios com hospitais privados foram celebrados a fim de escoar as demandas impossíveis de serem absorvidas na rede pública. Os médicos que atenderiam na rede privada seriam os mesmos que atendiam na rede pública. Nos dois casos, pelas cooperativas. Mas a solução apontada pelo governo não foi aceita pelos médicos.

           Por isso, para conseguir não compactuar com a política do Governo e do Município e ao mesmo tempo não deixar os pacientes à mingua, os médicos da Cooperativa pretendem incluir uma nota no prontuário de cada atendimento desautorizando o hospital a recolher o dinheiro dos honorários médicos. "A nota vai dizer que o procedimento X foi realizado no paciente Y como forma de cortesia e que o hospital não está autorizado a recolher o dinheiro do serviço do Governo do Estado", explica Geraldo.

Entidades repelem posição da Governadora

           Após a entrevista da governadora Wilma de Faria ao programa Expressão Política, da TV Potengi, apresentado pelos jornalistas Marcos Aurélio de Sá e Túlio Lemos, os presidentes de algumas entidades se mostraram contrários à posição que Wilma apresentou relacionada ao caos na saúde. Francisco Júnior e Edson Gutemberg, presidentes do Conselho Nacional de Saúde e da Federação Nacional dos Médicos/Regional Nordeste, discordaram em parte, e Geraldo Ferreira, totalmente.

           Wilma de Faria reafirmou sua posição contrária à renovação dos contratos com as cooperativas e tentou isentar o Governo do Estado de culpa. A governadora fez uma pergunta retórica à população: "Com as cooperativas, vocês acham que conseguimos melhorar o problema na Saúde?".

           Para Francisco Júnior, o poder público - Estado e Município - não pode ser isentado de responsabilidade pela crise no setor. "Não cuidaram das políticas de saúde que dessem autonomia ao SUS e ainda permitiram a proliferação das cooperativas durante todos esses anos". O presidente do CNJ complementou que concorda que as cooperativas devem ser retiradas de dentro do SUS.

           Geraldo Ferreira acredita que Wilma de Faria esteja má assessorada com respeito a essa questão porque, segundo ele, tem demonstrado o mesmo simplismo em suas declarações adotado pelos conselhos de saúde e pelo Ministério Público. "Ela centralizou num lado da questão apenas e demonstrou uma certa mágoa com a categoria dos médicos", diz Geraldo.Contemporizando, Edson Gutemberg acredita que o Estado, por ter deixado a saúde pública fora de suas prioridades, tem sua parcela de culpa, mas acha que, a não ser temporária e excepcionalmente, as cooperativas devem ficar fora da saúde pública. "Elas nasceram para negociação de contratos com os planos de saúde", diz.


Mais informações:
Assessoria de Comunicação do CNS
Tel: (61) 3315-2150/ 2151
e-mail: comunicacns@saude.gov.br
site: www.conselho.saude.gov.br
 

 

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