O
Brasil comemorou, em 27 de setembro,
o Dia Nacional de Doação
de Órgãos e Tecidos.
Criado pelo Ministério
da Saúde, em 2005, a data
busca sensibilizar a população
para a importância de se
tornar um doador de órgãos.
Atualmente, cerca de 68,2 mil
pessoas aguardam por um órgão
na lista de espera do Sistema
Nacional de Transplantes (SNT).
As comemorações
em mobilização pela
doação de órgãos
começaram na terça-feira
(26/09) e seguem até o
domingo (1o de outubro). É
a Semana Nacional de Doação
de Órgãos e Tecidos.
Com esse movimento, o governo
federal quer aumentar significativamente,
até 2007, o número
de doadores de forma a zerar a
fila de espera por uma córnea
e reduzir à metade as filas
por medula óssea e órgãos
sólidos (rim, coração,
pulmão, pâncreas
e fígado). Além
de mobilizar a sociedade, a Semana
da Doação de Órgãos
enfoca o papel do profissional
de saúde no processo de
doação e captação
de órgãos para transplantes.
Os conselheiros
de saúde de todo o país
têm um papel importante
nessa campanha. Uma forma de contribuir
é levando o debate da doação
de órgãos para os
conselhos respectivos e para as
entidades e movimentos sociais
que representam.
O Brasil possui o maior sistema
público de transplantes
do mundo.
Somente em 2005, o Sistema Único
de Saúde (SUS) realizou
11.095 transplantes. Para custeio
dessas cirurgias e compra de remédios
para os transplantados foram empregados
R$ 521,88 milhões. De janeiro
a julho deste ano, o SUS já
realizou 6.249 transplantes de
órgãos e tecidos,
a um custo de R$ 360,15 milhões.
Sistema
Nacional de Transplantes (SNT)
- Com 555 estabelecimentos
de saúde e 1.383 equipes
médicas autorizados a realizar
transplante, o SNT está
presente, por meio das Centrais
de Notificação,
Captação e Distribuição,
ligadas às Secretárias
Estaduais de Saúde, em
23 estados da federação
e no Distrito Federal. Até
o final do ano, o SNT espera que
Roraima e Tocantins já
estejam com suas centrais em operação.
Atualmente,
522 comissões intra-hospitalares
trabalham para organizar e ampliar
a captação de órgãos
em todo o país. A atuação
desses profissionais permite a
melhor identificação
de potenciais doadores, adequada
abordagem de seus familiares,
melhor articulação
do hospital com a respectiva central
estadual de transplantes.
Há um ano, o Ministério
da Saúde determinou que
todos os hospitais públicos,
privados e filantrópicos
com mais de 80 leitos, devem constituir
a Comissão Intra-hospitalar
de Doação de Órgãos
e Tecidos para Transplante. A
medida tem como objetivo aumentar
a notificação de
possíveis doadores de órgãos
e tecidos com comprovada morte
encefálica. Em 2005, foram
realizadas 4.700 notificações
de morte encefálica no
Brasil. Este número corresponde
a 53% do total de mortes encefálicas
estimadas pelo Ministério
da Saúde. De janeiro a
julho deste ano, foram notificadas
2.797 mortes deste tipo.
A doação
- Quem quiser doar
um órgão ou tecido
deve manifestar sua vontade aos
amigos e familiares Mesmo assim,
a família do potencial
doador precisa concordar com a
decisão e deve autorizar
a retirada dos órgãos
e tecidos de seu parente.
O
SUS custeia todas as despesas
do transplante, inclusive os medicamentos
imunossupressores, utilizados
após a cirurgia para combater
uma possível rejeição
ao órgão ou ao tecido
recebido.
Cerca
de 68,2 mil pessoas aguardam na
fila por um transplante no Brasil.
Há três critérios
para beneficiar quem espera. Uma
das questões analisadas
é a ordem de chegada na
fila. Devem ser considerados também,
em alguns casos específicos,
as compatibilidades do tipo sangüíneo,
genética e anatômica
do doador com o receptor.
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da Saúde
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