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Dia Nacional de Mobilização pela Saúde da População Negra

Brasília, 27 de outubro de 2008

 

Dia Nacional de Mobilização pela Saúde da População Negra

 

            Neste 27 de outubro, data instituída pelos movimentos sociais como o Dia *de Mobilização Nacional Pró-Saúde da População Negra*, Criola vem, através desta carta aberta, firmar junto à Vossa Senhoria o nosso profundo interesse e compromisso políticos em continuar a mobilização para a superação das disparidades raciais e seus impactos sobre a saúde de mulheres e homens negros.

            Nosso objetivo é destacar o quadro preocupante que nos afeta e que pode ser verificado nos dados a seguir, disponibilizados pelo Ministério da Saúde:

            * Crianças negras têm 44% mais risco de morrer de doenças infecciosas e parasitárias antes de
            1 ano de vida, do que as crianças brancas;
            * Negros têm 68% mais chances de morrer de tuberculose do que os brancos;
            * O risco de morte materna aumenta em 41% para as mulheres negras em relação às mulheres
            brancas;
            * Já o risco de morte por homicídio aumenta em 88% entre negros, quando comparados aos
            brancos;
            * Outro dado igualmente chocante refere-se às taxas de assassinato de meninas entre 10 e 19
            anos em todo o país. Em todos os estados a proporção de assassinatos de meninas negras
            excede, em muito, sua proporção de na população geral.

            Acrescentemos a essa lista, o mau tratamento, a negligência e o descaso com que as pessoas negras são costumeiramente tratadas no Sistema Único de Saúde; a falta de acesso a serviços de qualidade; a carência de políticas públicas que garantam a equidade em saúde.

            Estes dados atestam o que a sociedade civil negra vem afirmando: *racismo faz mal à saúde*.

            Para confrontar este quadro de iniqüidades, foi aprovada em 2006 a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra. Já pactuada na Comissão Intergestores Tripartite, ela oferece a gestores caminhos para que possam desenvolver, efetivamente, ações de promoção, prevenção e assistência à saúde da população voltadas para as reais necessidades de cada grupo – e da população negra em particular.

            O racismo é um dos determinantes sociais da saúde e sua presença na sociedade e no SUS deve ser enfrentada cotidianamente. É tarefa de gestores estabelecer as condições políticas, técnicas e orçamentárias para isto.

            Nós da sociedade civil continuaremos mobilizadas para que o Sistema Único de Saúde possa honrar o cumprimento de compromissos constitucionais que assegurem as afrodescendentes o direito de usufruir plenas condições de cidadania, como todo e qualquer outro cidadão brasileiro.

Rio de Janeiro, dia 27 de setembro de 2008.

*CRIOLA (www.criola.org.br)*

 

 

 

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