Brasília,
08 de julho de 2009
Ministro fala sobre Influenza A em reunião do CNS
O Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, participou nesta quarta-feira (08) da 199ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS) para tratar da influenza A (H1N1). De acordo com Temporão, duas questões apontadas por autoridades sanitárias durante um Encontro Mundial de Saúde realizado em Cancun, no México, são motivo de preocupação.
A primeira questão, segundo o Ministro, diz respeito ao esforço mundial sobre a produção de uma vacina contra influenza A (H1N1) e o acesso a ela. Temporão ressaltou que, além da preocupação em produzir, é preciso garantir que a vacina esteja acessível a todos os países, inclusive os pobres e os em desenvolvimento. O Ministro afirmou, ainda, que o Brasil possui uma estrutura diferenciada, citando o Instituto Butantan como possível produtor da vacina, e que poderá servir de apoio para os países do Mercosul, por exemplo. O Ministro informou que terá uma reunião com o Instituto para tratar da questão.
Outro ponto de preocupação das autoridades sanitárias, segundo Temporão, é a utilização dos medicamentos no combate à Influenza A (H1N1). “O uso racional do medicamento é essencial para evitar que o vírus crie resistência ao tratamento”, afirmou. A atual recomendação do Ministério da Saúde é de que receberá o medicamento as pessoas que apresentarem um agravamento do seu estado de saúde nas primeiras 48 horas, desde a apresentação dos sintomas iniciais, e pessoas com risco de apresentarem um quadro clínico grave, tais como crianças de até dois anos, idosos, gestantes, e aqueles que sofrem de imunodepressão.
De acordo com José Gomes Temporão, este é um momento diferenciado, sendo a primeira vez que o desenvolvimento de uma doença é acompanhado em tempo real. O Ministro falou também sobre a importância de defender uma estabilidade econômica e financeira que permita o SUS garantir o atendimento da população e o papel fundamental do Conselho Nacional de Saúde neste processo.
Ao final, o Ministro reforçou o compromisso com o CNS de encaminhar o Plano Nacional de Saúde da Gestão de 2008 e assim regularizar, do ponto de vista político e administrativo, tal questão junto ao Conselho.
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