Brasília, 08 de junho de 2009
Rio Grande do Norte debate os avanços e desafios do SUS
Coordenado pela Conselheira Nacional, Rosângela da Silva Santos, o painel Avanços e Desafios do SUS contou com a participação do Presidente do CNS, Francisco Batista Júnior, da representante do Conasems, Solane Maria Costa, do representante do Conass e também Secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, George Antunes e do Secretário do Ministério da Saúde, Antônio Alves.
Nesse painel, que faz parte da programação fixa da Caravana em Defesa do SUS, o Presidente do CNS buscou fazer um debate acerca dos conceitos de saúde e suas amplitudes, baseado na Lei 8.080/90, “a 8080 é a base e reivindicar a qualidade do SUS significa levar em conta o que está previsto nessa lei”. Ele acredita, também, que o debate gira em torno da politização do tema saúde, “precisamos acabar com a dependência do setor privado, o que significa fortalecer o setor público estatal”. Francisco Júnior falou também sobre modelo de atenção e da importância da definição de uma carreira da área da saúde, “vamos apresentar um projeto à Câmara dos Deputados criando uma carreira para a saúde que estimule a dedicação exclusiva, a interiorização e outros aspectos importantes”. O Presidente enfatiza, ainda, a necessidade de uma reestruturação da grade curricular dos cursos universitários da área da saúde, da profissionalização da gestão, da regulamentação da EC 29 e do fortalecimento dos Conselhos de Saúde.
O Secretário de Saúde, George Antunes, que na mesa representou o Conass, ponderou que os números do SUS são, ao mesmo tempo, animadores e preocupantes, “e a Caravana veio num momento oportuno principalmente porque estamos rediscutindo todo o SUS do Estado”. Solane Costa, Presidente do Cosems e representante do Conasems, lembrou que os desafios são grandes, “mas temos como fazer: a gente precisa se unir e não pode perder as esperanças”. Para ela, o aumento das estatísticas de muitas patologias, deve-se, também, ao aumento da capacidade de diagnóstico, “o que é mais um avanço do SUS”.
O Secretário Antônio Alves disse acreditar que os avanços do Sistema Único de Saúde sejam muito maiores do que os desafios e problemas, “mas é claro que devemos falar deles”. Ele lembrou, ainda, que em alguns lugares do Brasil o SUS é complementar “o que faz com que seja permanentemente ameaçado”. Para Antônio Alves, os princípios do SUS precisam ser melhor trabalhados, o ensino ainda forma profissionais voltados para o mercado e falta profissionalização da gestão e uma carreira voltada para o SUS, “ninguém faz um SUS sozinho e todas as esferas de governo tem de estar envolvidas”.
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