Brasília,
14 de maio de 2009
Influenza A é tema de pauta na 197ª Reunião do CNS
Gestores do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresentaram novos dados do vírus Influenza A (H1N1) durante a 197ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Eles disseram que no mundo todo há 5.953 casos de pessoas infectadas e 63 óbitos. No Brasil há oito casos confirmados. Os dados foram atualizados no dia 13 de maio.
Gerson Penna, Secretário de Vigilância em Saúde (SVS), mostrou que o Ministério está bem estruturado para combater o vírus no país. O Governo Federal criou uma medida provisória pedindo liberação de crédito suplementar de R$ 141 milhões, há 22 Centros de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde, que compõem a Rede CIEVS, e o monitoramento durante 24 horas das informações divulgadas pelos outros países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem 54 unidades de acompanhamento hospitalar para atender aos casos suspeitos, e outras duas unidades nas fronteiras; e estoque de nove milhões de tratamentos reservados para tratar casos de emergência.
José Agenor Álvares, Diretor de Portos, Aeroportos e Fronteiras (DPAF/Anvisa), relatou o trabalho realizado pelos agentes nos aeroportos, ressaltando que houve casos de pessoas que não levaram a sério os avisos da equipe, mas enfatizou que a preocupação maior está nos municípios com grande fluxo de pessoas, como Foz de Iguaçu (PR), que faz fronteira com Argentina e Uruguai, e Tabatinga (AM), fronteira com Letícia (Colômbia).
Atualmente o vírus está na fase 5, ou seja, no penúltimo grau de gravidade. Isso significa que há transmissão constante do vírus em dois países do mesmo continente (México e Estados Unidos). Se algum país de outro continente começar a transmitir o vírus de forma sustentada, a OMS aumentará o alerta para o nível 6, o que significa possibilidade de pandemia.
Na manhã desta quinta-feira, as Secretarias de Saúde passaram mais informações. Há 37 casos suspeitos e 39 em monitoramento em 12 Estados brasileiros. Já foram descartadas 188 pessoas, após análise laboratorial.
A transmissão do vírus ocorre por meio da tosse, espirro, ou contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. A suspeita recai nas pessoas que vieram dos países atingidos, ou tiveram contato com alguém que veio, e apresentem sintomas até dez dias após a viagem.
O principal sintoma é a febre repentina, acima de 38º, acompanhada de tosse. Além disso, a pessoa pode apresentar também dores de cabeça, dores musculares e dificuldades respiratórias.
Ninguém deve se automedicar. Apresentando alguns dos sintomas, a população deve procurar o serviço de saúde mais próximo.
Mais informações no portal do Ministério (www.saude.gov.br) ou pelo serviço Disque Saúde (0800 61 1997).
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