Brasília,
23 de abril de 2009
Câmara de Amargosa desaprova projeto de fundações públicas
Vereadores de Amargosa (BA) cumprem a promessa e votam contra o projeto de Lei de criação de Fundação Pública de caráter privado no município. Alguns deles já tinham adiantado o voto para a conselheira Elza Pinheiro dos Santos e o Presidente da Câmara dos Vereadores, Antonio Clóvis, já haviam avisado que a proposta do prefeito Valmir Sampaio tinha poucas chances de aprovação. “Esse assunto é complexo e não está muito claro para todos. Aqui em Amargosa não foi diferente. Houve desconfiança se a Fundação era o melhor modelo para melhorar a saúde pública”, afirmou Clóvis.
Elza, que é uma das principais defensoras da manutenção do Sistema Único de Saúde na cidade, está bem satisfeita com o resultado. “A população, representada pelo Conselho, deu um passo importante para a democracia. Foi interessante porque a sessão foi assistida por vários setores da sociedade.”
A sessão ocorreu nesta quarta-feira, 22 de abril, e contou com sete vereadores presentes, dos nove regulares. Destes, três votaram contra, dois votaram a favor e dois se abstiveram do voto. Na platéia, dezenas de Agentes Comunitários e representantes dos profissionais da saúde, como enfermeiros e odontólogos.
Muitos conselheiros se mobilizaram para lotar a sessão, como o professor de ensino fundamental Francisco Paulo de Souza Castro, que chegou a contratar carro de som para atrair as pessoas.
O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Batista Júnior, visitou Amargosa no ano passado, durante um seminário para debater o tema, e também gostou de saber que os vereadores acataram a decisão do Conselho Municipal, que já tinha deliberado e aprovado parecer contrário ao projeto em duas ocasiões.
A expectativa agora no município é que a Secretaria de Saúde amplie o debate sobre as questões de saúde com o Conselho, os vereadores e a população.
|