Brasília,
30 de março de 2009
O SUS no Ceará
Ao abrir os trabalhos sobre os avanços e desafios do Sistema Único de Saúde no Ceará, o Coordenador de Proteção e promoção da Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Ceará, Manoel Dias da Fonseca Neves, leu uma mensagem do Secretário de Saúde do Estado, João Ananias Vasconcelos: "o SUS abrange a todos: ricos e pobres, nas ações de vigilância sanitária, epidemiológica, ambiental, controle de vetores, imunização etc.. Embora falem mal dele, ninguém está livre da proteção do SUS".
O Presidente do Conselho Estadual, Alci Pinheiro, lembrou da importância do sentimento de pertencimento, "precisa nascer em cada um de nós a consciência de que o SUS é nosso. Todos nós somos participantes. Reclamamos do sistema, mas esquecemos que estamos dentro deles". Sobre a atuação dos conselhos e conselheiros, o Presidente fez uma crítica: "os Conselhos precisam atuar mais e nós, conselheiros, somos, nada mais nada menos, que representantes dos segmentos e não de nossos interesses". Pinheiro contou que o CES vem procurando descentralizar as ações e destacou a necessidade de aproximação com o executivo e com o legislativo, "precisamos conquistar nossos prefeitos para que unidos com o legislativo possamos construir um novo momento a partir desta Caravana".
Raimundo José Arruda Bastos, Secretário-Executivo da Secretaria de Estado da Saúde do Ceará, lembrou a luta e a conquista pelo SUS, "os mais jovens que hoje têm o SUS, não têm ideia da dimensão do que foi a luta por ele". Ele apontou como desafios para o Estado, a universalização, o financiamento, modelo institucional, modelo de atenção à saúde, gestão do trabalho no SUS e participação social. "Os desafios do Ceará são os desafios do Brasil ampliados, pois somos um Estado pobre", afirmou o Secretário-Executivo, "mas avançamos muito mais do que muito Estados ricos", finalizou.
Segundo o Presidente do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Cossems), Policarpo Barbosa, a Caravana extrapolou as expectativas, "tanto na qualidade dos debates, como na quantidade de participantes". Para ele, o momento é histórico, "hoje temos aqui a transformação da saúde. E justo no momento em que estamos assistindo a uma mudança extraordinária da história, pois estamos vendo a falência de um modelo que nos foi imposto durante muitos anos. Para conseguir o financiamento de que precisamos, será necessário romper com paradigmas e para isso precisamos da mobilização popular. O SUS só foi construído assim".
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