Brasília,
20 de setembro de 2010
Secretária apresenta ao CNS trabalho a frente da Saúde no DF
Nesta quarta-feira (15), a ex-Conselheira Nacional e Secretária de Saúde do Distrito Federal, Fabíola de Aguiar Nunes, participou da 213ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Em pauta a situação da saúde no DF e o seu trabalho a frente da Secretaria.
Fabíola Nunes agradeceu ao Conselho a oportunidade de trazer informações sobre a saúde no DF, bem como o apoio recebido do CNS. Na abertura de sua fala, a Secretária destacou a grave situação encontrada e informou sobre o acordo com o Governador do DF, Rogério Rosso, do compromisso de trabalhar sem a interferência de ações político-partidárias na saúde. "O Governo está empenhado em mostrar que na capital tem gente na área da saúde que está preocupada com a população. É preciso resgatar no DF os princípios sanitários", afirmou.
De acordo com a Secretária de Saúde do DF, entre os problemas encontrados estava a falta de abastecimento na rede. A criação da Secretaria Extraordinária de Logística e Infraestrutura, que veio para organizar o abastecimento da rede, a decisão de não comprar apenas por emergência e a adesão a algumas atas de compras foram algumas das soluções encontradas para diminuir o problema.
Conseguir deixar o Controle Social no DF estruturado também é um dos objetivos da Secretária que informou sobre o projeto de lei de reestruturação do Conselho de Saúde, que já está na Câmara Legislativa, e a criação dos conselhos regionais, que têm reunião mensal com o Governador do DF. Além disso, Fabíola Nunes apontou a judicialização como outro sério problema da saúde do DF.
A redução da privatização da saúde foi outro tema apresentado pela Secretária. Fabíola Nunes falou do distrato entre o Governo e a organização que administrava algumas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) no DF e exemplificou o caso da unidade de Samambaia que será administrada com recursos próprios. Sobre O Hospital de Santa Maria, administrado por uma organização social, a Secretária afirmou que "o contrato é a coisa mais lesiva que a Secretaria poderia ter". Entre as medidas adotadas pelo Governo em relação ao Hospital está o contingenciamento de recursos até o recebimento das informações sobre patrimônio, comprado com recursos da Secretaria.
"O que não tiver gasto comprovado será descontado", informou.
Outras medidas ressaltadas pela Secretária de Saúde foram a identificação das maiores prioridades da população na área da saúde junto ao Ministério Público, a criação de uma Subsecretaria de Atenção a Saúde e a estruturação da pesquisa em saúde.
O Presidente do CNS, Francisco Batista Júnior, destacou o trabalho da Secretária Fabíola. "Com todas as dificuldades que tem, e com o respaldo político, o trabalho da Secretária mostra que é possível se fazer ações as quais o Conselho Nacional de Saúde defende. Temos que agradecer sua atuação e o que tem feito, não apenas para o DF, mas para todo o Sistema Único de Saúde", afirmou.
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