Brasília,
30 de setembro de 2011
Política de Formação em Saúde é tema de Seminário
A segunda mesa do IV Seminário Nacional sobre Residência Multiprofissional e em Área Profissional de Saúde, realizado nessa quinta-feira (29) em Brasília, abordou o tema Política de Formação em Saúde: a residência em área profissional de saúde.
E, para debater o temário, tomaram assento à mesa Sônia Regina Pereira, da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional (MEC), os expositores Armando Raggio, diretor de Hospitais Universitários e Residência em Saúde, Ricardo Burg Ceccim e Ana Paula Cerca, ambos indicados pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), as debatedoras Fernanda Rodrigues, da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional, Paulette Cavaltante e Ana Paula Nunes, também indicadas pelo CNS. A coordenação da mesa ficou a cargo da conselheira nacional de saúde, Ruth Bittencourt.
Armando Raggio, diretor de Hospitais Universitários e Residência em Saúde, defendeu a tese de que a terminologia adequada deve ser residência em medicina, e não médica. Na opinião de Raggio, a nomenclatura utilizada hoje dá a conotação de que apenas médicos serão os residentes.
“Desde 2004, quando do lançamento do projeto AprenderSUS, exatamente aqui no Hotel Nacional em Brasília, já discutíamos o tema da residência multiprofissional”, relembra Ricardo Burg Ceccim. Para ele a Rede SUS é uma escola e a Lei Orgânica da Saúde é explícita. “Cabe ao SUS, como executor, implementar as políticas de formação de profissionais de saúde”, finaliza Ceccim.
A expositora Ana Paula Cerca, indicada pelo CNS, listou desafios e prioridades em relação à gestão do trabalho e da educação em saúde, e ressaltou que é necessário fomentar a criação das áreas de gestão do trabalho e da educação em saúde. E fez um alerta, “hoje só existem 52 Mesas de Negociações Permanentes do SUS vigentes no Brasil”. De acordo com Ana Paula, as Mesas são importantes instrumentos para decisões acertadas e pactuação dos protocolos, tão necessários à promoção da saúde do trabalhador em saúde.
Ana Paula Cerca aproveitou a oportunidade para divulgar o Prêmio InovaSUS, uma iniciativa do Ministério da Saúde, que tem por objetivo descobrir as práticas inovadoras na gestão do trabalho em saúde feitas Brasil afora. Entretanto, para inscrição é necessário que a iniciativa tenha um tema específico e esteja vigente ou tenha sido implantada no prazo máximo de cinco anos. Os temas estão listados no endereçowww.saude.gov.br .
Por fim, a residente Fernanda Rodrigues destacou que o verdadeiro tema a ser discutido dever ser “a qualidade da prática do residente”. Para ela, essa é a questão principal. “O residente não pode ser visto simplesmente como mão de obra”. Além disso, assegura Fernanda, “precisamos nos assegurar de que teremos preceptores qualificados”, finalizou.
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