Brasília, 16 de dezembro de 2014
Precarização, informação e terceirização no trabalho é ponto de debate durante a 4ªCNSTT
Um dos temas abordados durante o Diálogo Transversal foi a Precarização, informação e terceirização no trabalho. Que teve como expositores, Giovanni Alves, da UNESP, e Maria Maeno, da Fundacentro.
O debate se deu a partir de discussões a despeito de mudanças positivas nos indicadores do mercado de trabalho no país, nos últimos anos, especialmente o aumento de postos de trabalho com carteira assinada, mesmo que ainda haja uma grande parcela de trabalhadores com vínculos precários e temporários, com grande desigualdades regionais nos índices de formalização.
Outro ponto colocado para o debate é o processo de terceirização, tanto no setor público como no privado, como estratégia de gestão e de controle dos trabalhadores, que resulta, também na precarização. Estar na formalidade não garante condições de trabalho e saúde do trabalhador.
Para Giovanni, estas são questões de luta, informação e educação. Segundo ele, é preciso conhecer a população brasileira, informá-la, educá-la e entender a conjuntura atual. “A questão das metas de trabalho, é uma pressão para os trabalhadores e uma questão fundamental que entra na luta contra a gestão, que está desmontando a lógica do trabalho”. Maria Maemo acrescentou que o sistema de gestão atual está sendo aprimorado para o lucro, e está havendo uma distorção também no setor público, quando por exemplo, induz professores a publicar cada vez mais artigos como resultado de bons rendimentos, o que gera a precarização.
José Silva, Juiz do trabalho e delegado na 4ª Conferência Nacional do Trabalhador e da Trabalhadora, colocou a importância de se saber as causas dos acidentes e doenças decorrentes do trabalho e exemplificou: “no meu meio, estamos adoecendo com a lógica de mercado, de metas e produtividade que está implantada, também, no judiciário”. Segundo ele, o sigilo dos dados médicos prejudica a identificação das causas para que se faça uma pesquisa, “os estudos mostram que grande causas de doenças advindas do trabalho, são por conta da jornada de trabalho, tanto na forma qualitativa quando quantitativa”.
Acesse a programação no site da 4ªCNSTT: http://conselho.saude.gov.br/web_4cnst/index.html
Texto: Ayana Carneiro - ASCOM/CNS
Site: www.conselho.saude.gov.br
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