Brasília,
29 de junho de 2017
Conferência de Saúde das Mulheres do Ceará reforça importância do Controle Social para Democracia
As 200 delegadas que participam da 1ª Conferência Estadual de Saúde das Mulheres, de 28 a 30 de junho, em Fortaleza, enfatizaram o papel do controle social na saúde para a garantia da democracia brasileira.
Para Cleoneide Oliveira, representante do Conselho Nacional de Saúde, o processo das conferências de saúde das mulheres evidencia o papel mobilizador que esses espaços possuem.
“Esse importante evento para a saúde das mulheres é a garantia absoluta da participação social. O CNS tem o compromisso de fortalecer esses espaços, sempre na busca de um SUS justo e igualitário”, disse.
Ana Lúcia da Costa, presidente do Conselho Estadual de Saúde do Ceará, acredita que é preciso construir espaços comuns que apontem os rumos para o SUS, atualmente sob ameaça.
“As políticas públicas para as mulheres significam a efetivação do controle social. Nessas 94 Conferências Municipais de Saúde das Mulheres que o Estado do Ceará realizou, pudemos observar o poder de mobilização dos municípios que de fato efetivam o controle social”, afirma.
Já Heliana Hemetério, representante da Comissão Organizadora da 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres, que proferiu a palestra magna do evento, elencou os principais desafios que os movimentos sociais, e em especial os conselhos de saúde, têm atualmente para o enfrentamento ao desmonte do SUS.
“Precisamos compreender essa agenda posta pelo atual governo de desqualificar o SUS, como os planos acessíveis de saúde, que de nada irá contribuir para a democracia brasileira, pois irá tratar a população de baixa renda como clientes e não como pacientes. E isso além do fechamento das Farmácias Populares, que irá dificultar algo que é tão caro a população, que são os medicamentos”, disse.
Com o tema central “Saúde das mulheres: Desafios para a integralidade com equidade”, a Conferência tem como objetivo propor diretrizes para a Política Estadual e Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres, além de oportunizar espaços democráticos de debates e propostas pertinentes à temática. O evento recebe cerca de 500 participantes.
Por Mariana Moura
Assessoria CNS
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