Conferência Mundial: América busca reverter práticas neoliberais na Seguridade Social

O relatório final da região da América do Norte, Central e do Caribe, apresentado no último dia da I Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento de Sistemas Universais de Seguridade Social, apontou para a necessidade de combater a corrente neoliberalista que enfraquece o papel do Estado na execução. “Verificamos que, com a exceção de Cuba, nenhum outro país da região conseguiu implementar um sistema de Seguridade Social que seja universal”, declarou a coordenadora do grupo de estudos da região, Sílvia Tamos Gonzalez.

Ela explica que os efeitos da onda de privatizações na América afetaram as condições dos sistemas de Seguridade Social. Para solucionar o problema, o grupo sugere uma maior cooperação entre os países para um discurso unificado em torno do objetivo. “Há uma tendência de diminuição do trabalho formal nessa região, e precisamos estabelecer mecanismos de educação para realinhar essas políticas”, argumentou a coordenadora.

Disseminação de Informações

Outra saída apontada pelo grupo, é um esforço de articulação com os meios de comunicação para a disseminação de informações conscientizando a necessidade de se lutar por um sistema de Seguridade Social universal, integral e equânime.

No final, o grupo sugeriu que o presidente Lula fosse embaixador em defesa dos direitos humanos e da Seguridade Social devido ao histórico de lutas a favor da classe trabalhadora por parte do presidente.