I Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento de Sistemas Universais de Seguridade Social

América do Sul propõe aliança de todos os países em defesa da Seguridade Social


Durante a I Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento de Sistemas Universais de Seguridade Social, os continentes reuniram-se para debater os principais problemas enfrentados em seus países e propor diretrizes e ações para os próximos anos. Cada continente apresentou no último dia de evento, o resultado destes debates para os todos os participantes. A América do Sul definiu uma agenda bastante intensa de ações e estratégias a serem adotadas para promover a universalização da seguridade.

A colombiana Nancy Molina foi a porta-voz de todos os representantes do continente sul-americano que estiveram presentes nos cinco dias de Conferência. Mollina apresentou, em formato de relatório as conclusões do conjunto de países para os próximos anos, destacando que é preciso respeitar as particularidades de cada um na busca pela universalidade de direitos. Molina apontou que o universalismo está ligado diretamente ao conceito de cidadania plena e a noção ampliada da responsabilidade do Estado “A defesa do universalismo passa também pelo conceito de solidariedade, já que se trata de assegurar uma vida digna a todos”, ressaltou.

A América do Sul apontou como principais desafios a construção dos sistemas de seguridade baseada no capital, por isso defende a estratégia de combater o conceito de individualismo na sociedade, o mito da insustentabilidade dos Sistemas Universais e as estruturas tributárias dos países, revisando-as e canalizando recursos para a Seguridade de forma constitucional. Para vencer estes desafios Molina destacou que todos precisam começar a se mobilizar, contagiar ainda mais as militâncias sociais em torno do tema. É importante também, de acordo com ela, lutar pela democratização do aceso, transformando as instituições do Estado em espaços públicos de fato.

O plano internacional de ações também foi lembrado no relatório como sendo estratégico. “É preciso unificar ao máximo as agendas internacionais, especialmente da sociedade civil, convocar a segunda Conferência Mundial, conversar com os governos progressistas da região e colocar a Seguridade na pauta de organismos como a UNASUR e o Mercosul”, destacou Molina.

Além destas ações, o continente sul-americano propôs também a criação de um Fórum Sulamericano de Seguridade Social. Para concluir, o grupo de países da América do Sul propôs também que a Conferência publicasse moções de apoio a: Haiti, pelas catástrofes sociais que vem sofrendo, Honduras pela crise política, Formosa (Argentina) pelas perseguições, a Amazônia pelas agressões constantes, a Cuba pela resistência ao bloqueio internacional. Foi proposta também uma moção de apoio a paz mundial, com ênfase à tensão existente entre as Coréias.

CONFIRA O RELATÓRIO NA ÍNTEGRA DA DELEGAÇÃO SUL AMERICANA.



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