Ministros apresentam modelo brasileiro de seguridade social

Ministros das pastas que compõe o sistema de seguridade social brasileiro apresentaram nesta quarta-feira (1), o modelo nacional durante a abertura da I Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento de Sistemas Universais de Seguridade Social, em Brasília. Participaram do evento os ministros Carlos Gabas (Previdência Social), Carlos Lupi (Trabalho e Emprego), Márcia Lopes (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), e a Secretária Executiva do Ministério da Saúde, Márcia Bassit. A Conferência conta com representantes de 95 países.

De acordo com o ministro Carlos Gabas, o Brasil fez uma mudança estrutural na forma de tratar a questão da seguridade social. “Isso ficou claro na constituição de 1988, onde a saúde, a previdência e a assistência social passam a integrar um sistema de seguridade social”. Ele destacou que o modelo implantado é genuinamente brasileiro, e adaptado a realidade local. “Não é uma receita de bolo que você pode importar como muitos acreditavam”, completou.

Para a Secretária Executiva do Ministério da Saúde, Márcia Bassit, o texto constitucional é inovador e representou uma conquista da sociedade. “Pela primeira vez tivemos um orçamento específico para a seguridade social e a partir desse momento pudemos evoluir”. Ela lembra que atualmente 75% dos brasileiros dependem exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS), número que reforça a importância de um sistema universal e gratuito. “O SUS está presente em toda nossa vida, mesmo quando não percebemos. Como diz a presidente eleita Dilma Rousseff, temos que trabalhar ainda mais para consolidar o SUS”.

Desenvolvimento Social e Econômico

O ministro Carlos Lupi destacou a importância da geração de empregos para a melhora do sistema de seguridade social brasileiro. Ele afirma que os números positivos da geração de empregos fortalecem o financiamento da seguridade social. “Nós fomos o último país a entrar na crise e o primeiro a sair. Só conseguimos isso devido ao investimento em políticas públicas e sociais, como a geração de empregos e o aumento do salário mínimo”. Lupi lembrou aos presentes a necessidade de olhar o mundo com um viés social. “Não podemos admitir que a visão econômica comande a humanidade. O mundo tem que ser comandado por seres humanos”.

Agenda Única

A ministra Márcia Lopes disse que os países devem ter um discurso unido no que se refere a seguridade social. “Nesta conferência temos que partilhar experiências e construir uma agenda conjunta da seguridade social em todos os países”. A ministra lembrou que a experiência brasileira é promissora e serve de exemplo para outros países. “Não confundimos assistência social com assistencialismo. O trabalho que desenvolvemos é uma obrigação constitucional de garantir o bem estar social a todos”.