I Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento de Sistemas Universais de Seguridade Social

Conferencistas discutem parcerias internacionais para sistemas de seguridade social


O papel da cooperação internacional e do intercâmbio entre países para a consolidação de sistemas universais de proteção social foi uma das pautas deste sábado (4), durante a I Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento de Sistemas Universais de Seguridade Social. Representantes do governo e da sociedade civil de diversos países participaram do debate e puderam conhecer experiências em curso na França, Canadá e Brasil.

A expositora Agnés Plassart, da Santé Protection Sociale Internationale, apresentou o trabalho da agência francesa a serviço da cooperação internacional em saúde e proteção social. Segundo ela, a efetivação de sistemas universais de seguridade social exige a compreensão de que o tema perpassa por uma série de questões que vão desde a capacitação de gestores e profissionais ao uso de ferramentas de avaliação das iniciativas. “A proteção social é como um ser humano: está sempre evoluindo e nunca encontra estabilidade; precisa de monitoramento constante”, afirmou Agnés.

Para o doutor em Saúde Pública Jose Carlos Suárez, da Espanha, um dos primeiros passos para se efetivar o desenvolvimento de sistemas universais de proteção social é garantir a construção de espaços coletivos de colaboração e produção do conhecimento. “Conhecimento é poder. Mas o que podemos fazer com isso? Como garantir que esta luta ganhe voz coletiva e resulte em melhorias no acesso e na qualidade dos serviços prestados à população?”, questionou, ao ressaltar a importância do intercâmbio de ideias e práticas.

Suárez ainda citou alguns exemplos de trabalhos de cooperação internacional dos quais participou. Dentre eles, um sobre o processo de descentralização do sistema de saúde de Goiás, no Brasil, em associação com a Agência de Saúde e de Serviços Sociais da região de Outaouais, em Québec, no Canadá. O projeto também contou com o apoio do Ministério da Saúde (MS), da OPAS [Organização Pan-Americana da Saúde] e da Agência Canadense de Desenvolvimento Internacional (ACDI).



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