Brasília, 08 de julho de 2009

Influenza A (H1N1): Secretário participa de Reunião do CNS

      Nesta quarta-feira (08), os Conselheiros receberam informes atualizados sobre a Influenza A (H1N1) durante a 199ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Na oportunidade, o Secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Gerson Penna, fez uma apresentação sobre a situação da doença no País e no mundo e ressaltou o trabalho do Governo no combate e controle à Influenza A (H1N1).

            Segundo Gerson Penna, a taxa de letalidade da doença atualmente é de 0,45% e hoje o Brasil possui quatro casos graves que estão sendo acompanhados. O Secretário também apresentou dados sobre os casos confirmados da doença, sua distribuição no País, a classificação dos casos confirmados e a origem dos contaminados no exterior, sendo da Argentina o maior número de pessoas infectadas fora do Brasil.

            Entre as ações do Governo no combate à Influenza A (H1N1) apresentadas pelo Secretário está a instalação de um Gabinete Permanente de Emergência em Saúde, que possui entre suas atividades o monitoramento de informações dos países e da Organização Mundial de Saúde (OMS) e a definição de Protocolo de Procedimentos para a Vigilância e Manejo Clínico de Casos e Contatos de Influenza A (H1N1).

            O Secretário de Vigilância em Saúde informou, ainda, sobre o reforço da vigilância nos pontos de entrada no País (portos, aeroportos e fronteiras) e o fato de o Brasil possuir uma Rede Nacional de Diagnóstico de Influenza implantada nos laboratórios centrais de saúde pública de todos os Estados e Distrito Federal. “A expectativa, se todos os prazos forem cumpridos, é de que uma vacina contra a Influenza A (H1N1) seja produzida em abril do próximo ano, o que será muito bom por ser antes do inverno”, afirmou Penna.

            Durante a apresentação, Gerson Penna também falou sobre os procedimentos definidos pelo Governo relacionados à gripe. Algumas medidas adotadas:

• Em escolas, empresas e estabelecimentos comerciais, basta a confirmação laboratorial de um caso para que outras pessoas sintomáticas de sua convivência sejam consideradas infectadas, sem exame laboratorial. Qualquer medida de restrição de circulação de pessoas não deve ser tomada sem antes consultar autoridades sanitárias locais;
• Recomendação para que pessoas com fatores de risco para quadro grave adiem viagens aos países com transmissão sustentada;
• Ao sentir sintomas de gripe, deve-se procurar o serviço de saúde mais próximo, como já acontece com a influenza sazonal.
• Se os sintomas forem leves, o médico fará as recomendações necessárias para isolamento domiciliar e período de afastamento de trabalho, além de prescrever o tratamento dos sintomas. Nesses casos, não será feita confirmação por exame laboratorial.
• A confirmação por exame laboratorial se dará nos casos graves, risco de agravamento ou em amostras (no caso de surtos localizados).
• Para promover o uso racional do antiviral e evitar que o vírus desenvolva resistência, este somente será dado aos pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas do início dos sintomas.

            O Secretário Gerson Penna aproveitou a oportunidade para destacar a participação do Conass e do Conasems no trabalho de combate à Influenza A (H1N1) e finalizou a apresentação mostrando os desafios atuais e futuros com relação à doença.

PROTOCOLO DE MANEJO CLÍNICO E VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFLUENZA