Brasília, 11 de setembro de 2009

Influenza A é debatida na 201ª R.O do CNS

        Novos dados da Influenza A (H1N1) foram apresentados para os Conselheiros Nacionais de Saúde por Eduardo Hage, Diretor de Vigilância Epidemiológica (Devep) do Ministério da Saúde. O encontro ocorreu durante o segundo dia da 201ª Reunião Ordinária do CNS.

        Até o dia 28 de setembro deste ano, foram detectados 209.438 casos e 2.185 óbitos em todo o mundo. No Brasil, foram confirmados 6.592 casos e 657 óbitos. Este número garante ao país o 6º lugar na tabela de nações com maior taxa de mortalidade.

        Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou a população mundial sobre a existência do vírus, no dia 24 de abril, o governo brasileiro investiu R$ 141 milhões em medicamentos, máscaras, luvas e na divulgação da doença no país.

        Além disso, o Congresso Nacional aprovou em agosto um crédito suplementar de R$ 2,1 bilhões para enfrentar a pandemia no país. O objetivo é aplicar 73 milhões de doses de vacina em 2010. Esse número será o suficiente para imunizar, ao menos, 36,5 milhões de pessoas.

         A verba será utilizada também na compra de mais 11,2 milhões de tratamentos, equipamentos para hospitalização, material de diagnóstico, aumento do número de leitos de UTI, capacitação dos profissionais e ampliação dos turnos nas unidades de saúde.

        Entretanto, segundo Hage, a mídia criou uma polêmica ao afirmar que o Ministério está com incapacidade para atender a grande demanda, e que a quantidade de medicamentos disponível está sendo suficiente para as notificações do vírus. Ele também disse que o padrão de ocorrência da doença é semelhante ao da influenza sazonal e que, assim como a gripe comum, teve maior número de casos nas Regiões Sul e Sudeste, e maior incidência durante os meses de julho e agosto.

        O Ministério agora está se preparando para a segunda fase do vírus. De 14 a 16 de setembro, o governo federal participará de uma reunião com os outros países das Américas na Flórida, nos Estados Unidos e, nos dias 7 e 8 de outubro, promoverá um encontro entre os Dirigentes Estaduais de Vigilância em Saúde e Rede de Atenção.

        Outra boa notícia é que o Instituto Butantã já está desenvolvendo o primeiro lote de vacinação, que deverá ficar pronto no 1º semestre de 2010.

Evolução da gripe no Brasil

        O grupo mais afetado é o da faixa etária de 20 a 49 anos, porém, não é o mais propício para desenvolver os sintomas mais graves, que atingem principalmente as crianças. Dentro dessa categoria, especialmente as que têm até dois anos.

        O cuidado deve ser maior nos grupos considerados na “zona de risco”: pessoas que sofrem de obesidade mórbida, de doenças respiratórias graves ou gestantes. Cerca de 23,1% das mulheres em idade fértil com Influenza A(H1N1) no país estão grávidas.

        A transmissão do vírus ocorre por meio da tosse, espirro, ou contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas.

        O principal sintoma é a febre repentina, acima de 38º, que tem duração aproximada de três dias, e aparece acompanhada de tosse seca. Em seguida, surgem dores de cabeça, dores musculares e dificuldades respiratórias.

        A melhor forma de se prevenir é lavar as mãos com água e sabão, especialmente após tossir ou espirrar. Apresentando alguns dos sintomas, a pessoa deve procurar o serviço de saúde mais próximo.

        O governo recomenda que casos suspeitos de gripe em pessoas fora dos grupos de risco devem ficar em isolamento familiar.

Mais informações no portal do Ministério (www.saude.gov.br) ou pelo serviço Disque Saúde (0800 61 1997).