Home Links Úteis Fale Conosco

O CONSELHO
Apresentação
Histórico
Composição
Estrutura Organizacional
Regimento Interno
img Fluxo de trabalho
Comissões
Expediente
 
ATOS NORMATIVOS
img Resoluções
Recomendações
Moções
Legislação
 
REUNIÕES DO CONSELHO
Calendário
Pauta
Atas
 
BIBLIOTECA
Revista
Informativos
Livros
Relatórios
 
EVENTOS DE SAÚDE
 
PLENÁRIA DE CONSELHOS
 

Brasília, 04 de dezembro de 2010

 

Painelistas discutem relações de trabalho e seguridade social

 

 

img
Foto: Karina Zambrana

        As relações entre capital e trabalho e suas implicações na área da seguridade social foram os temas discutidos nesta sexta-feira (3), durante o painel que tratou sobre os desafios para garantir a universalização da seguridade social. O Painel abriu as atividades do terceiro dia da I Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento de Sistemas Universais de Seguridade Social, em Brasília.

 

        A representante do Conselho Federal de Serviço Social e professora da Universidade de Brasília (UnB), Ivanete Boschetti, foi a primeira painelista a falar e lembrou que para alcançar a universalidade é preciso conhecer as particularidades de cada país. Ela distinguiu a lógica do seguro e a lógica da assistência e disse que as duas estão presentes no modelo de seguridade social em quase todo o mundo. "Benefícios com base em contribuição prévia, que dependem da universalização do trabalho, não permitem a universalização da seguridade", afirmou a professora. "Os desafios são imensos, mas possíveis. Que a seguridade social não se limite à lógica contributiva, mas que amplie seus direitos", finalizou.

 

        Um resgate histórico sobre a política mundial, a diferenciação entre a ótica liberal e o Estado democrático e propostas para que se construa uma seguridade social universal foram alguns dos temas abordados pelo presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Francisco Batista Júnior. Ele explicou que, com a queda do Muro de Berlim o mundo passou a ter mais lucro, privatizações, corte nos gastos públicos e nas políticas sociais e precarização do trabalho e da sua remuneração. Dentre as consequências da implantação da ótica liberal no mundo, o presidente do CNS destacou a diminuição dos salários, o aumento do desemprego e o crescimento da informalidade.

 

        Em contrapartida, Francisco Batista Júnior citou o atendimento indiscriminado à sociedade como um todo como um dos requisitos para a implantação do Estado democrático. Ele finalizou sua apresentação enumerando propostas para que se alcance uma seguridade social universal. Dentre elas, a ampliação do conceito de seguridade social, incluindo a educação e o trabalho; e a ampliação e qualificação dos espaços de participação das pessoas, como conselhos e fóruns.

 

Relações de Trabalho

 

        O representante das Nações Unidas, Il Cheong Yi, lembrou da importância de se tratar a questão da universalidade na teoria e na prática. Cheong explicou que o ideário neoliberal separou a questão social da econômica, e que essa mudança prejudicou os avanços em busca da seguridade social universal. "A seguridade tem que ser financiada pelos que podem, e não pelos mais pobres como ocorre em muitos países atualmente".

 

        Cheong destacou que os avanços em países da Ásia e da América Latina foram reprimidos por governos autoritários nas décadas de 70 e 80, e por isso, é preciso que esses países definam os pilares do universalismo. "É preciso uma reforma social. Sem isso não há como garantir a universalidade. Hoje sabemos que o mercado não é a única solução e países como o Brasil têm boas experiências baseadas na área social, como o Bolsa Família".

 

        Victor Báez, representante da Organização Sindical Internacional (ORIT), ressaltou a importância de uma política de trabalho para reforçar a garantia da seguridade social. "Quiseram nos dizer que a crise era apenas econômica, mas os trabalhadores já sabiam que essa crise é também social, trabalhista, ambiental, etc..."

        Para ele, um dos problemas contemporâneos é a terceirização das relações de trabalho. "Com essa terceirização, as empresas deixam de ter obrigações sociais. Isso enfraquece os sistemas de seguridade social".

 

Reformas

 

        O representante do governo norte americano, Donald Moulds, comentou sobre a problemática das relações de trabalho e suas implicações no financiamento de um sistema de seguridade social. "Nos Estados Unidos aprovamos recentemente uma reforma marcante no setor de seguridade social. As empresas estão com dificuldade de pagar o seguro de seus trabalhadores e também por outros motivos precisamos de uma mudança".

 

        A legislação norte-americana mudará progressivamente até 2014, e inclui uma regulamentação mais forte das empresas que prestam os serviços de seguridade social. "O governo do presidente Obama traçou como metas melhorar a qualidade, aumentar a cobertura e a eficiência dos serviços de saúde. Com essa lei damos um grande passo nessa direção".

 

Voltar 
 

Assessoria de Comunicação do CNS
Fone: (61) 3315-2150/2151

Fax: (61) 3315-2414/2472
e-mail: comunicacns@saude.gov.br
Site: conselho.saude.gov.br

 

Conselho Nacional de Saúde - "Efetivando o Controle Social".
Esplanada dos Ministérios, Bloco “G” - Edifício Anexo, Ala “B” - 1º andar - Sala 103B - 70058-900 - Brasília, DF

I