Brasília, 02 de setembro de 2011

Abertura de VI Conferência Estadual do Rio Grande do Sul conta com a presença de várias autoridades

        A VI Conferência Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (CES/RS) teve início na noite desta quinta-feira (1/09) em Tramandaí, cidade localizada a cerca de 150 km da capital Porto Alegre (RS). Mais de 1700 pessoas estarão reunidas até o próximo dia 4 de setembro para deliberar propostas e diretrizes para etapa nacional da 14ª Conferência de Saúde.

         A abertura do evento contou com a presença das seguintes autoridades: presidente do Conselho Nacional de Saúde e ministro da Saúde, Alexandre Padilha; presidente do CES/RS, Paulo Humberto Gomes da Silva; secretário estadual de saúde, Ciro Simoni; secretário-adjunto de saúde, Elemar Sand; deputado estadual, Catarina Paladini (PSB/RS); representante da Associação dos Secretários e Dirigentes Municipais de Saúde do RS (Assedisa) e conselheiro nacional de sáude, Arilson Cardoso, entre outros.

         O presidente do CES/RS fez a abertura do evento e cumprimentou os participantes do evento. Silva fez uma breve retrospectiva do trabalho do conselho estadual frente aos conselhos municipais e destacou os desafios no ganho de espaço político no que diz respeito ao controle social. Paulo Humberto cobrou ainda a busca de um financiamento adequado para a saúde a partir da aprovação da Emenda Constitucional 29, um dos assuntos de destaque a ser discutido na conferência nos próximos dias, e ao final desejou bom trabalho a todos. “Que o relatório do Rio Grande do Sul contribua no processo de construção da 14ª Conferência Nacional de Saúde para que tenhamos um SUS melhor, realmente público e de qualidade”, disse pronunciamento.

         Já o secretário estadual de saúde, Ciro Simoni, reafirmou em seu discurso a relevância do Sistema Único de Saúde como política pública para a população brasileira. “O SUS vale a pena. Antigamente, só tinha acesso quem contava com carteira assinada, por exemplo. Fora dessas condições, o cidadão era considerado indigente. As conferências vêm para reforçar a cobrança de uma posição firme para a consolidação do SUS”, finalizou.        

Regulamento

         Após a conferência de abertura foi discutido e aprovado pelos delegados estaduais o regulamento da VI Conferência Estadual de Saúde do RS. Os trabalhos nos próximos dias seguirão as orientações do documento. A coordenadora do evento, Denise Campos, deu o andamento da mesa.

Padilha no RS

         O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), ministro Alexandre Padilha, marcou presença no final do primeiro dia de evento e fez um panorama sobre o andamento das conferências, além de balanço sobre políticas atuais voltadas para a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). “Estamos chegando a mais de 4.200 conferências municipais, que é uma meta histórica. Em 13 estados, já se alcançou 100% de conferências realizadas”, disse entusiasmado ao iniciar seu discurso.

         O ministro destacou ainda o novo cenário de saúde pública em que o Brasil se insere como o crescimento do envelhecimento da população e ascensão da classe média. Alexandre Padilha elencou os desafios resultantes desse panorama como as Redes de Urgência e Emergência, mas ressaltou que as conquistas também devem ser lembradas, entre elas: as Redes de Assistência de Saúde da Mulher; Redes de Bancos de Leite; Investimentos na Atenção Básica e no Programa de Saúde da Família, entre outras ações. “O Brasil tem mais de 100 milhões de habitantes e ousou construir uma política de saúde como o SUS. Nenhum país que tem aproximadamente o mesmo número de habitantes como Estados Unidos, China, Índia assumiu esse desafio. Temos que ter a real noção do que acontece hoje no que se refere a esse Sistema”, avaliou.

         Outra conquista ressaltada por Padilha foi como os usuários deixaram de ser receptores do Sistema e passaram a protagonistas do processo por meio da construção e implementação do SUS, das conferências de saúde e do controle social. “Os usuários são o centro no que diz respeito ao acesso com qualidade na saúde pública. Vivemos um momento crítico de disputa política, ideológica e, ao mesmo tempo, com resultados históricos no Sistema Único de Saúde. Por isso não tenham dúvidas do papel estratégico dessas conferências”, apontou.