Brasília,
06 de outubro de 2011
Gestão no SUS é tema de debate no CNS
O último ponto de pauta da 226ª Reunião Ordinária do CNS tratou sobre a Gestão Pública, sob a ótica da realização da 14ª Conferência Nacional de Saúde.
Participaram da mesa para o debate, Odorico Monteiro, Secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Francisco Batista Júnior, representante dos trabalhadores, Pedro Tourinho de Siqueira, representante dos usuários e Maria do Socorro de Souza, da Mesa Diretora do CNS, coordenando os trabalhos.
O secretário de Gestão Estratégica e Participativa, Odorico Monteiro, abordou o tema sob ótica da política, para ele o planejamento integrado, de forma regional, com metas pactuadas entre gestores, a divulgação da relação de ações, serviços e medicamentos essenciais oferecidos no território para atender à integralidade da atenção à saúde e o financiamento global de forma tripartite, são alguns dos compromissos do governo na consolidação do Sistema Único de Saúde.
Sobre a Relação Interfederativa do SUS, Odorico Monteiro destaca que a concretização deste processo deverá passar, essencialmente, por mudança de paradigmas, no sentido de enfatizar o aprimoramento da gestão do sistema. “Afinal, buscamos uma gestão pública participativa, democrática e com foco em resultados”, ressalta.
Para ele é fundamental que o processo de discussão permita a definição de políticas prioritárias para garantir o acesso com qualidade em tempo adequado no serviço público de saúde. “A Conferência tem o desafio também de trazer a saúde para o centro da agenda de desenvolvimento nacional, para fortalecer os compromissos da Presidenta Dilma de erradicar a miséria, consolidar e fortalecer o SUS”.
Francisco Batista Júnior apresentou ao Pleno do CNS uma contextualização do tema, lembrou da conquista histórica que significa o Sistema Único de Saúde (SUS) no país, mas ressaltou “que se deve ter muito claro as enormes dificuldades que significam a sua implementação dada a história de tratamento do estado com relações de fisiologismo, patrimonialismo, loteamento e privatização por grupos e corporações organizadas, como também de um modelo de atenção equivocado”.
E como voz do dos usuários, Pedro Tourinho de Siqueira, trouxe para o debate a certeza de que “a 14ª CNS tem como objetivo fundamental a reflexão dos cidadãos brasileiros sobre a Saúde como um direito humano e social”. No Brasil, de acordo com o conselheiro nacional de saúde, esse direito se concretiza no SUS, política pública universal pertencente ao povo e que precisa ser legitimada a cada dia como patrimônio do povo brasileiro.
E destacou dois pontos fundamentais para pauta da 14ª CNS. Primeiro ponto é o “estimulo à cultura de cooperação”, onde ainda não existe. Segundo, “democratizar a gestão nas unidades de saúde”. Na avaliação de Pedro Tourinho, os participantes da 14ª CNS terão a possibilidade de debater e apontar alternativas inovadoras que garantam a consolidação e fortalecimento do SUS.
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