Brasília,
13 de outubro de 2011
Profissionais da terapia ocupacional celebram dia nacional dedicado a área
Comemora-se hoje, 13 de outubro o Dia Nacional do Terapeuta Ocupacional. A profissão foi regulamentada no Brasil há 42 anos pelo Decreto-Lei 938 em 13 de outubro de 1969. Os formados nesse curso desenvolvem atividades na saúde, na assistência social, na educação, na cultura, e desenvolvimento sustentável de pessoas, grupos, populações e comunidades, tanto urbanas como rurais e tradicionais (indígenas, ciganos, nômades), em todos os ciclos de vida.
De acordo com o conselheiro nacional de saúde e presidente da Associação Brasileira dos Terapeutas Ocupacionais (ABRATO), José Naum, os profissionais dessa área atuam, entre outros pontos, na busca pela funcionalidade e autonomia do ser humano em todas as suas atividades.
“A atividade humana em toda sua expressão é o instrumento terapêutico do Terapeuta Ocupacional, que seleciona, analisa e adapta a atividade a cada indivíduo e situação, dividindo-a em fases, observando e determinando os aspectos motores, psíquicos, sensório-perceptivos, socioculturais, micropolíticos, cognitivos e funcionais necessários à realização da mesma, potencializando o alcance de objetivos próprios a cada pessoa sob seu cuidado”, ressaltou.
No campo específico da saúde, Naum explica que existe uma ação focada na promoção, prevenção do adoecimento e cuidado à pessoa com perdas funcionais, sejam elas físicas, cognitivas, da saúde mental, sociais, relacionais, de direitos e cidadania. “O terapeuta ocupacional celebra cada ganho de independência da pessoa sob seu cuidado, seja por meio da reabilitação física quando este sofreu perdas, da agregação psíquica nos equipamentos da rede de saúde mental, no cuidado intensivo nas UTIs neonatal e adulto ou nos leitos de internação diminuindo os efeitos negativos da hospitalização sobre o cotidiano do sujeito em internação hospitalar, entre outros pontos”, afirmou.
Conquistas
Em 42 anos de profissão regulamentada a área apresenta alguns ganhos como a inclusão na política nacional de saúde mental, inserção da terapia ocupacional na atenção básica e no sistema prisional.
Outros avanços diz respeito à previsão de um terapeuta ocupacional em UTI neonatal e adulto, o reconhecimento pela Resolução CNAS nº 17 de 20 de junho de 2011 como profissional do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), organização política consolidada e articulada com eventos técnico-científico-político-culturais fortalecidos e com história, autonomia profissional com excelente integração a equipes multiprofissionais.
Desafios
No entanto, no dia em que se comemora o dia do terapeuta ocupacional algumas barreiras ainda precisam ser superadas. Entre elas está, de acordo com José Naum, oportunizar o acesso à população brasileira a esta graduação em universidade pública, com o objetivo de no mínimo uma graduação em universidade pública por estado.
“Além disso, está posto como desejo expresso e necessidade dos profissionais terapeutas ocupacionais, a separação do Conselho Federal e Regionais que têm a missão de regulamentar e fiscalizar o exercício profissional.
Como o sistema conselhos é unido a fisioterapia isto têm trazido vários danos a profissão de terapia ocupacional. Urge para toda a categoria uma ação do Estado Brasileiro, não permitindo que uma categoria venha a legislar sobre outra”, afirmou.
Atualmente existem no Brasil aproximadamente 17 mil profissionais formados em Terapia Ocupacional. São 72 universidades, a maioria privada e concentrada no sul e sudeste do país.
Fisioterapia também comemora dia da profissão
Hoje também se comemora o dia do fisioterapeuta que atua em diferentes áreas como procedimentos, técnicas, metodologias e abordagens específicas que tem o objetivo de avaliar, tratar, minimizar problemas, prevenir e curar as mais variadas disfunções do corpo humano.
De acordo com informações do Conselho Nacional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), existem hoje no Brasil em torno de 160 mil fisioterapeutas e uma média de 400 instituições de ensino superior publica e privada que ofertam o curso. Segundo o conselheiro nacional de saúde Wilen Heil e Silva, a profissão nos últimos anos avançou bastante e já faz parte do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) atendendo nos três níveis de atenção, básica, media e alta complexidade. “Um dos nossos desafios é aumentar ainda mais o número de fisioterapeutas que atuam dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), hoje apenas 20% dos profissionais trabalha na rede pública de saúde. É necessário que as políticas públicas em saúde também contemplem a inserção dos fisioterapeutas nas equipes”, ressaltou. |
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