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PLENÁRIA DE CONSELHOS
 

Brasília, 05 de junho de 2012

 

 

 

 

Doença celíaca merece atenção do CNS

 

        Ainda desconhecida pela grande maioria da população, a doença celíaca (DC) se caracteriza pela intolerância ao glúten, uma proteína presente em cereais como o trigo, a cevada e seus derivados, como massas, pizzas, bolos, pães, biscoitos, cerveja, uísque, vodka e alguns doces, provocando dificuldade do organismo de absorver os nutrientes dos alimentos, vitaminas, sais minerais e água.

 

        Na avaliação da conselheira nacional Nildes de Oliveira Andrade, representante da Federação Nacional das Associações de Celíacos no Brasil (FENACELBRA), no Conselho Nacional de Saúde (CNS) no Brasil, as necessidades alimentares especiais ainda não são tratadas com políticas públicas. “Entretanto, a participação das associações nos conselhos de Saúde e nas conferências estaduais e nacionais tem alcançado alguns avanços, como por exemplo, a aprovação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença Celíaca no Sistema Único de Saúde”, ressalta.

 

        O protocolo clínico a que se refere Nildes de Oliveira foi implantado em 17 de setembro de 2008, e  apresenta o conceito geral da doença celíaca, critérios de inclusão, de diagnóstico, tratamento e prognóstico e mecanismos de regulação, controle e avaliação. É de caráter nacional e deve ser utilizado pelas Secretarias de Saúde dos estados e dos municípios na regulação do acesso assistencial, autorização, registro e ressarcimento dos procedimentos correspondentes.

 

        “Muito tem sido feito, mas é preciso avançar mais no controle da DC, que requer a capacitação dos profissionais de saúde nos estados e municípios para efetiva implementação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da DC reduzindo assim o subdiagnóstico”, garante Nildes de Oliveira. O grande desafio, alerta a conselheira, é a implantação de políticas que contemplem o público em questão, pois essas pessoas com necessidades alimentares especiais, como é o caso da doença celíaca, ainda não se sentem incluídas no planejamento e desenvolvimento das ações e programas de governo. “Queremos ver estratégias específicas”, avisa.

 

        Em maio, o IV Congresso Nacional de Doença Celíaca, realizado em Fortaleza/CE, apresentou proposições para proteger, promover, respeitar e prover o Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável (DHAAS) no Brasil e no mundo. Ao final do evento, foi elaborado um documento, intitulado Carta de Fortaleza, que reafirma a necessidade do Estado brasileiro em aprofundar as demandas das pessoas com doença celíaca.  As propostas estão alicerçadas na rede de proteção social construída com base na Constituição Federal de 1988, que proporciona os fundamentos do direito à saúde plena, efetivada pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e pela segurança alimentar e nutricional sustentável pela LOSAN (Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional).

 

        No Brasil ainda não há um número oficial sobre a prevalência da doença, mas uma pesquisa publicada em 2005, pela Universidade Federal de São Paulo  (Unifesp), em um estudo feito com adultos doadores de sangue, o resultado apresentou incidência de um celíaco para cada grupo de 214 moradores de São Paulo.

 

        Histórico - A doença celíaca foi descoberta em 1888, pelo pediatra britânico Samuel Gee, mas apenas no decorrer da década de 1940 o glúten foi reconhecido como o causador do transtorno. Durante os períodos de escassez alimentar da guerra, o médico holandês Willem Karel Dicke notou que a falta de pães e de produtos à base de trigo reduziam o número de casos, e acabou relacionando a proteína à doença. Ainda no começo de 1950, o médico holandês criou a primeira dieta livre de glúten para pacientes com doença celíaca – que permanece sendo o único tratamento disponível até hoje.

 

        De lá para cá, alguns passos importantes foram dados para o controle do problema, como a definição dos sintomas (diarreia crônica, inchaço do abdome, anemia e vômitos) e a indicação de um tratamento alimentar. Entretanto, a doença celíaca permanece pouco conhecida. Persistente e silenciosa tem sido subdiagnosticada em muitos pacientes. 

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