NOTA DE PESAR: Clarinda da Luz Durigon, ativista da Saúde Pública, vai deixar saudades

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) lamenta a morte da ativista do Sistema Único de Saúde (SUS), Clarinda da Luz Durigon, aos 65 anos, nesta quarta (26/02), em Herval D'Oeste (SC). Clarinda era natural de Capinzal (SC) e veio a óbito durante a madrugada após complicações devido à diabetes que enfrentava nos últimos anos. Nossa solidariedade aos(às) amigos(as), familiares, colaboradores(as) e companheiros(as) de luta, que tiveram a honra de conviver ao lado de um exemplo de resistência e compromisso com os direitos sociais no Brasil.

No CNS, Clarinda participou de inúmeros eventos, debates, reuniões e fóruns. Esteve em Brasília recentemente, na reunião dos coordenadores das Plenárias de Saúde. Sempre preocupada em garantir o cumprimento e o aprimoramento das políticas públicas, ela dedicou sua vida ao trabalho em defesa das pessoas, em especial aquelas que mais precisam. Formada em Pedagogia e Administração Escolar na Universidade do Oeste de Santa Catarina, a ativista acumulava saberes em áreas da Saúde e da Educação.

Na sua trajetória, obteve título de mestra em Educação na Pontifícia Universidade Católica de Porto Alegre (RS), tinha especialização em Fitoterapia e em Medicina Chinesa na Universidade Católica de Anápolis (GO), em Naturopatia Aplicada na Universidade do Sul de Santa Catarina, dentre outros títulos e qualificações obtidos na Universidade Saúde Natural, de Florianópolis (PR), e no exterior.

Dedicação à participação social brasileira

Clarinda construía pontes entre sociedade civil e gestão pública em nível municipal, estadual e federal. Era ligada à Federação das Associações de Moradores, foi presidenta do Conselho Municipal de Saúde de sua cidade, coordenadora estadual de Plenárias de Conselhos de Saúde e do 1º Encontro Estadual de Conselhos de Saúde em SC. Ela frequentemente participava de reuniões com parlamentares e gestores(as) para apresentação de propostas para a Saúde.

Participou também da Plenária Regional de Conselhos de Saúde e Movimentos Populares em Porto Alegre (RS); do lançamento do Programa Mais Médicos, no Palácio do Planalto; da 1ª Reunião do CNS com a ex-presidenta Dilma Rousseff, representando a Região Sul; fez parte do movimento Saúde + 10, em 2014, participando de ato histórico em frente ao Congresso Nacional. Também contribuiu com a construção da 16ª Conferência Nacional de Saúde (8ª+8), em 2016, no Espaço de Cuidados Neide Rodrigues, dentre outros momentos expressivos que guardaremos na memória.

Clarinda da Luz deixa três filhas, marido e dois netos. Sua contribuição por uma Saúde Pública e de qualidade para todos os brasileiros e brasileiras foi fundamental e continuará reverberando em nossas práticas e desafios em defesa dos direitos da população e do SUS. Na próxima reunião ordinária do CNS, marcada para ocorrer dias 19 e 20 de março, o órgão fará uma homenagem à Clarinda, destacando sua luta e importante trajetória, que potencializam a nossa atuação.

Conselho Nacional de Saúde