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Conep aprova pesquisa para primeira vacina contra a Covid-19 totalmente brasileira

Estudo será coordenado pelo hematologista Rodrigo de Saloma Rodrigues, na USP de Ribeirão Preto

  • Publicado: Quinta, 01 de Julho de 2021, 12h59
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A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) do Conselho Nacional de Saúde (CNS) aprovou, nesta quinta-feira (1º de julho), o início dos estudos da primeira vacina contra a Covid-19 totalmente produzida no Brasil, a ButanVac. A vacina é desenvolvida pelo Instituto Butantan e os estudos serão realizados no Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia autorizado o início dos testes da vacina em voluntários humanos, com foco em proteger as pessoas que irão utilizar a vacina após a aprovação dela. Já a aprovação da Conep visa a segurança médica e os direitos dos voluntários da pesquisa.

O projeto foi recebido pela Conep no dia 22 de junho e, desde então, cerca de cinquenta integrantes da comissão avaliavam os detalhes da pesquisa para a aprovação da ButanVac. No dia 24 de junho, emitiram um parecer com pendências que foram respondidas ontem (30/06). 

“São cinco etapas pelas quais todo projeto passa: tem a checagem documental, para ver se a documentação está toda correta, depois uma nota técnica é elaborada pela nossa assessoria, vai para a relatoria que faz um parecer, segue para a câmara técnica e, por fim, tem uma revisão final do parecer. Nas duas tramitações todas as etapas foram cumpridas perfeitamente”, afirma o coordenador da Conep, Jorge Venâncio.

A pesquisa será realizada com 418 voluntários, todos com mais de 18 anos. O estudo será coordenado pelo hematologista e diretor do Hemocentro, Rodrigo de Saloma Rodrigues, e deverá durar aproximadamente dezessete semanas para ser concluído.

A ButanVac será totalmente produzida com matéria-prima nacional. Os insumos básicos são ovos de galinha, frascos e embalagens, os mesmos usados para fazer a vacina da gripe. Estima-se que cada ovo tenha material suficiente para produzir duas doses de vacina.  

Em cada ovo é injetada uma pequena quantidade do vírus da “doença de Newcastle”, um mal aviário inofensivo em humanos geneticamente modificado para receber a estrutura do coronavírus e estimular a produção de anticorpos contra a Covid-19 no organismo humano.

A técnica permite a produção de vacinas ainda mais eficazes contra novas variantes, uma vez que se pode escolher de qual cepa será retirada a proteína do vírus. O trabalho com os ovos também permite a independência de importação de insumos da Índia e da China, barateando e acelerando a produção de um imunizante.

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 Ascom CNS, com informações do G1
Foto: Getty Images/Via BBC

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