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Convívio entre gerações e os desafios para envelhecer foram destaques na 340º Reunião Ordinária do CNS

  • Publicado: Quinta, 16 de Março de 2023, 18h31
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A saúde da pessoa idosa, os desafios de envelhecer e como as políticas públicas podem ser elaboradas para atender integralmente a saúde desta população foram destaques na 340ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), nesta quinta (16/03). Conselheiras e conselheiros nacionais de saúde também discutiram sobre os desafios do convívio entre gerações.  

A mesa “Intergeracionalidade: Diálogo entre as gerações para uma vida saudável” contou com a participação do secretário nacional dos Direitos Humanos da Pessoa Idosa do Ministério dos Direitos Humanos, Alexandre da Silva. Para o secretário, as pessoas agora têm a oportunidade de conviver com várias gerações diferentes e esta vivência precisa ser discutida considerando a interseccionalidade entre raça, gênero e classe social.  

Ao falar sobre os desafios do envelhecer, por exemplo, Alexandre indagou aos presentes quais os grupos sociais que conseguem envelhecer em convívio entre duas, três ou até mais gerações e se povos tradicionais, população LGBT ou a população negra também conseguem alcançar esse cenário. “Se privamos uma população específica de viver entre os seus ao longo de gerações, estamos falando em violação aos direitos humanos e à cidadania", alertou.  

Por definição, a intergeracionalidade é o convívio entre as distintas gerações de forma harmônica e respeitosa. Entretanto, o convívio intergeracional durante a pandemia quintuplicou os casos de violência doméstica. Faz-se necessário, portanto, entender o que oportuniza a alguns grupos sociais o envelhecimento e a convivência com outras gerações, enquanto outros grupos não têm essa possibilidade. 

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Intergeracionalidade na Atenção Primária à Saúde 

Também participou do debate a coordenadora geral de Integração de Redes de Atenção Primária à Saúde, Grace Fátima Souza. Para ela, a Saúde tem um papel importante no enfrentamento ao isolamento entre gerações, principalmente no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS).  “A APS é um lugar privilegiado para pensar essa intergeracionalidade por atingir todos os ciclos de vida”, destaca.  

Grace explicou que é preciso superar a lógica fragmentada do cuidado, já que a APS trabalha com foco na família e na comunidade, tendo como princípio a longevidade do cuidado, uma vez que o usuário deve ser assistido ao longo de todos os seus ciclos de vida. “O cuidado na APS deve olhar para uma mulher que teve um bebê e pensar no cuidado que ela recebe dentro de casa. Muitas vezes esse cuidado vem de uma avó (...) não é só o cuidado científico que vai acompanhá-la e neste contexto, portanto, a saúde deve incorporar este conceito para pensar o cuidado integral”. 

HIV/Aids 

A conselheira nacional de saúde Regina Bueno, que representa a Articulação Nacional de Luta Contra a Aids (Anaids) no CNS, relembrou os presentes sobre dados alarmantes relativos aos casos de HIV/Aids no Brasil, já que os mais infectados pelo vírus atualmente são jovens e pessoas acima de 60 anos.

“É preciso pensar em uma pessoa idosa ativa também sexualmente e amorosamente para alcançarmos eficiência neste cuidado, revertendo preconceitos sociais frente ao envelhecimento”, declarou a conselheira, evidenciando também a necessidade do olhar aos pacientes com doenças crônicas para além do vírus HIV. 

Prioridades 

Também presente na reunião o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde (SCTIE), Carlos Gadelha, que também é conselheiro nacional de saúde, destacou que a evolução da linha do cuidado e do envelhecimento saudável são prioridades de pesquisa dentro do Ministério da Saúde neste momento. “A ciência estará comprometida com os grandes desafios da saúde e do SUS e a intergeracionalidade é uma prioridade”, revelou.  

Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente reforçou a iniquidade do acesso às vacinas entre os grupos de idosos pardos e pretos, em relação aos demais grupos. “Pretos e pardos não têm acesso à vacina da mesma forma que brancos e precisamos trabalhar juntos para mudar este cenário preocupante”, completou. 

Ascom CNS 
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