Nas atividades autogestionadas, SUS encontra soluções feitas nas comunidades
Na manhã do dia 11 de dezembro, a programação da 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental Domingos Sávio (CNSM) foi ocupada por um conjunto de 18 atividades autogestionadas, em formato de oficinas e rodas de conversa, promovidas por movimentos sociais e organizações da sociedade civil.
A exemplo das conferências livres que aconteceram antes da etapa nacional, essas atividades autogestionadas ampliam as abordagens possíveis, introduzindo no debate experiências e propostas construídas diretamente nos territórios.
Pelo formato adotado, esses encontros guardam semelhanças com a própria atividade terapêutica: as pessoas relatam vivências, pessoais e coletivas, ouvem as demais e, juntas, refletem sobre formas de avançar na caminhada.
Numa dessas atividades, discutiu-se o Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, que apoia atualmente 90 projetos, surgidos a partir de tecnologias sociais. O plano envolve o SUS, com equipamentos e equipes locais, a Fiocruz, universidades públicas e, especialmente, movimentos e coletivos das próprias favelas.
Estruturado durante a pandemia de covid-19, o plano, também conhecido como 90 X Favelas, obteve financiamento a partir da Assembleia Legislativa do RJ, e os recursos foram distribuídos, via edital, para organizações e coletivos que tinham projetos em andamento para promover ações de saúde mental nas favelas.
Os projetos são referenciados no SUS, em diálogo que facilita e amplia a aproximação da rede pública com as especificidades dos territórios e suas populações. As redes de sociabilidade e solidariedade construídas nas favelas suprem lacunas e podem apontar novas ações para o SUS. No próximo dia 20 de dezembro, um novo edital será aberto, com cerimônia na quadra da escola de samba Mangueira.
Nas demais atividades autogestionadas que aconteceram na manhã de 11 de dezembro, primeiro dia da 5ª Conferência, também ocorreram encontros entre pessoas que trabalham no SUS, usuários e familiares, gestores e pessoas que pesquisam o tema.
Ascom CNS
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