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Câmara dos Deputados: Coordenador da Conep/CNS denuncia irregularidades em estudo feito com o uso da proxalutamida contra a Covid-19

  • Publicado: Sexta, 05 de Novembro de 2021, 14h12
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Jorge Venâncio participou nesta quinta-feira (4/11) de uma audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados 

Jorge Venâncio, coordenador da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), do Conselho Nacional de Saúde (CNS), participou virtualmente nesta quinta-feira (4/11), de uma audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados para tratar sobre testes com proxalutamida em pacientes com Covid-19 sem autorização.

Durante o encontro, Jorge Venâncio relatou várias irregularidades em estudo feito com o uso da proxalutamida contra a Covid-19, inclusive a falta de detalhamento sobre a morte de 200 pessoas. O Ministério Público está investigando o caso a partir de denúncia feita pelo CNS.

De acordo com Venâncio, havia um pedido do pesquisador Flávio Cadegiani para a realização de estudo com a droga em uma clínica em Brasília. A primeira irregularidade foi justamente a expansão do experimento, sem autorização, para outros estados, como Amazonas e Rio Grande do Sul.

Venâncio disse que também não foi apresentada a composição do comitê independente que deveria acompanhar o estudo. O parecer recebido pela Conep teria sido assinado por um laboratório, que tem um pedido de patente do uso de medicamentos antiandrogênicos, como é a proxalutamida, no tratamento da Covid-19.

“Ele foi levado irregularmente para outros estados, e com um conjunto de problemas extremamente graves, que levaram a Conep a fazer uma representação no Ministério Público Federal”, relatou ele.

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Segundo Venâncio, a representação no Ministério Público foi entregue em setembro, mas foram feitos adendos porque um hospital do Amazonas que participou do estudo apresentou o termo de consentimento dado aos pacientes. O documento era diferente do aprovado pela comissão. O termo usado no Amazonas não teria os direitos dos participantes e não fazia referência ao fornecimento de contraceptivos. Os pacientes precisariam usar esses medicamentos porque a proxalutamida pode causar problemas de má-formação em caso de gravidez.

Outra mudança feita na representação foi a inclusão de um processo judicial de parentes de uma paciente que faleceu e que, em seu prontuário, foi encontrada a prescrição de proxalutamida e nebulização com hidroxocloraquina. Venâncio afirmou que a prescrição explícita corrobora a suspeita de que o estudo não foi feito com cegamento, ou seja, sem que os participantes do grupo que toma o medicamento e do grupo que toma placebo sejam identificados.

O deputado federal Henrique Fontana, que comandou a reunião, disse que deve sugerir a realização de uma comissão geral para debater a ética médica em face de denúncias feitas durante a pandemia.

Foto: Michal Jarmoluk/Pixabay

Ascom CNS

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