Homenageado, Fernando Pigatto dedica prêmio Sergio Arouca ao CNS

Premiação é organizada pelo Sindicato dos Servidores de Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública da Fiocruz

O presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Fernando Pigatto, recebeu o prêmio Sergio Arouca de Saúde e Cidadania, no último dia 4 de dezembro, em cerimônia realizada no Rio de Janeiro.

Ao agradecer o prêmio, Pigatto afirmou que a homenagem era para todo o Conselho Nacional de Saúde: “Este prêmio não é individual, é um prêmio coletivo, é para todas as pessoas do Conselho, pelas nossas histórias de construções coletivas. É por isso que a gente está aqui”, disse.

O prêmio Sergio Arouca, criado e organizado pelo Sindicato dos Servidores de Ciência, Tecnologia, Produção e Inovação em Saúde Pública, da Fiocruz (Asfoc/SN), é entregue aos nomes mais bem votados em consulta pública. Neste ano de 2023, a 17ª edição abriu a consulta popular no mês de agosto.

Pigatto recebeu o prêmio e o diploma das mãos de Lúcia Souto, integrante do CNS e chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério da Saúde. “Pigatto é a expressão daquilo que a gente chama de um ser democrático, amoroso, que tem respeito pela diversidade. É uma liderança do movimento sanitário brasileiro”, disse Lúcia. “Você é uma síntese da luta do povo”, completou.

Para o presidente do CNS, a história que vem sendo contada ao longo das 17 edições do prêmio Sergio Arouca “é a verdadeira história da coragem de que nos fala Guimarães Rosa”. Pigatto destacou que aos 13 anos já estava participando de reuniões promovidas pelas comunidades eclesiais de base em sua Rosário do Sul, e que receber o prêmio é resultado de um acúmulo que vem de antes.

“Eu me considero um fruto dessa semeadura que vocês tanto fizeram”, disse, dirigindo-se à plateia e à mesa. “A coragem de vocês que enfrentaram a ditadura, por 20 anos, fez com que a gente enfrentasse os últimos anos”, completou, em referência ao período bolsonarista.

“Foi neste espírito de comunidade, de viver comum, que a gente conquistou muita coisa neste país. Nos tiraram muita coisa, só não tiraram mais porque a gente resistiu. Agora, a gente tem de reconstruir, sim, mas também construir coisas novas. E eu acredito que a gente está neste caminho”, disse ainda.

Pigatto destacou também que a luta vai além da crítica. Ao comentar a Constituição Federal e a democracia, disse: “Não são aquelas que desejamos, aliás, muito delas nos foi tirado. Mas temos de protegê-las para seguir adiante”.

Sobre vitórias e derrotas, resumiu com o exemplo da pandemia: “Se é verdade que nos tiraram centenas de milhares de vidas, também é verdade que se não fôssemos nós, os trabalhadores, os movimentos, o SUS, teriam sido milhões. Nós salvamos milhões, e isso não é pouca coisa”.

Na mesma cerimônia, foram entregues também a medalha Sérgio Carelli de Direitos Humanos, em sua 19ª edição. Conheça as demais premiações.

Prêmio Sergio Arouca

Fernando Pigatto

IdeiaSus

Rede Nacional por Responsabilização e Reparação das Vítimas da Covid-19

Medalha Jorge Careli

Fórum Grita Baixada

Assistente social da creche Fiocruz, Yvone Costa de Souza

Coordenador de Cooperação Social da Fiocruz, José Leonídio Madureira Sousa Santos

Frei Betto

Jornal Voz das Comunidades

Projeto Educação Jurídica Popular por Cidadania Fiscal e Direitos Humanos

Mãe Neide Oyá d'Oxum

Ascom CNS